Na segunda-feira (24), o governo Donald Trump votou a favor da Rússia contra a Ucrânia na Assembleia Geral da ONU, uma virada de 180º de política em relação à Joe Biden.

Primeiro os EUA se uniram à Rússia ao votar contra uma resolução ucraniana apoiada pela União Europeia, que se coloca contra a Operação Militar Especial russa e exige a retirada imediata das tropas russas.

Em seguida, os EUA se abstiveram de votar sua própria resolução concorrente, depois que os europeus, liderados pela França, conseguiram alterá-la para afirmar que a Rússia era a agressora. A votação ocorreu no terceiro aniversário da operação russa, enquanto Trump recebia o presidente francês Emmanuel Macron em Washington.

A Assembleia Geral votou 93 a 18, com 65 abstenções, para aprovar a resolução ucraniana. Uma enorme redução de apoio à Ucrânia. Votações anteriores na Assembleia contaram com mais de 140 países contra a operação russa.

Em seguida, a Assembleia analisou a resolução redigida pelos EUA, que reconhece “a trágica perda de vidas ao longo do conflito Rússia-Ucrânia” e “implora por um fim rápido ao conflito, além de instar uma paz duradoura entre a Ucrânia e a Rússia”, mas não coloca a culpa na Rússia.

A França propôs três emendas, acrescentando que o conflito foi resultado de uma “invasão em grande escala da Ucrânia pela Federação Russa”. As emendas afirmam o compromisso da Assembleia com a “soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia”.

A Rússia propôs uma emenda pedindo que as “causas fundamentais” da guerra fossem abordadas.

Todas as emendas foram aprovadas, e a resolução passou com 93 votos a favor, 8 contra e 73 abstenções. A Ucrânia votou “sim”, os EUA se abstiveram e a Rússia votou “não”.

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Last Update: 25/02/2025