No domingo (23), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil publicou um comunicado oficial sobre a situação da Cisjordânia, que sofre com o maior ataque israelense desde a Segunda Intifada, grande revolta palestina, no início da década de 2000.
O comunicado afirma que: “o governo brasileiro expressa forte preocupação com a intensificação, nas últimas semanas, de operações militares israelenses nos campos de refugiados de Jenin, Tulcarém e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, e condena o recente emprego de tanques e a ocupação militar. Nesse contexto, deplora a remoção forçada de cerca de 40 mil moradores daqueles campos, em violação ao direito internacional e ao direito internacional humanitário”.
O comunicado segue: “o Brasil sublinha, ademais, a importância de que a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA) possa manter suas atividades nos campos de refugiados de Jenin, Tulcarém e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, em benefício da população refugiada”. Essa colocação é uma resposta direta a tentativa de “Israel” de acabar com a presença da UNRWA em toda a Palestina ocupada.
E conclui: “ao recordar o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a presença israelense no território palestino ocupado, o Brasil insta Israel a suspender completamente suas operações militares na Cisjordânia”.
“Israel” ocupou a Cisjordânia em 1967 e desde então realiza operações militares violentas contra os palestinos. Depois que o Estado sionista foi derrotado em Gaza, em janeiro de 2025, iniciou uma das maiores operações de história contra os palestinos da Cisjordânia. O Brasil reconhece a Cisjordânia como parte do Estado da Palestina e portanto considera toda a presença militar israelense na região como ocupação militar.