A revista The Cradle denunciou que o Near East Regional Democracy Fund (NERD) que pertence ao Departamento de Estados dos EUA, canalizou centenas de milhões de dólares para operações secretas que tinham como o objetivo desestabilizar e derrubar o governo do Irã.

Através de um convite confidencial, que circulou em 2023, feito do Departamento de Estado dos EUA para entidades privadas ligados a National Endowment for Democracy (NED) e a USAID, foram feitas propostas que visavam “apoiar a sociedade civil iraniana os defensores cívicos e todo o povo iraniano no exercício de seus direitos civis e políticos durante e depois” do período eleitoral do ano seguinte, “a fim de aumentar as vias viáveis ​​para a participação democrática”.

Na reportagem é exposto que tratava de um plano mais elaborado e que de conjunto o imperialismo queria interferir no regime iraniano através do pretexto da falsa defesa dos “direitos humanos, na garantia de um governo fosse mais representativo, com mais presença de mulheres”.

Outra área em que estava previsto a interferência era a imprensa. No documento estava a previsão de criação de mídia que fosse mais diversa e sem censura, o que claramente é uma demagogia, pois essas “mídias independentes” atuariam apenas para disseminar as mentiras do imperialismo sobre o Irã.

As eleições do ano passado foram vistas como uma grande oportunidade para essa intervenção. Também é colocado que havia a preocupação de formar “atores cívicos”, figuras artificiais que atuariam para incentivar a participação e se fosse o caso a não participação dos iranianos no processo eleitoral. Uma medida de alterar o resultado do processo eleitoral. Para conseguir alguma popularidade entre os cidadãos, esses atores cívicos deveriam propor manifestos sobre as supostas insatisfações do povo e se realizar atividades apartidárias.

Os nomes desses agentes que receberam financiamento norte-americano para cumprir com esta função, assim como o valor recebido por cada um, não é divulgado. Mas para se ter uma base, em registros públicos deletados mostram que de 2016 a 2021, a NED investiu pelo menos US$ 4,6 milhões para desestabilizar o Irã. Foram investimentos em sindicatos, incentivo ao jornalismo independente, formação de uma campanha para encorajar advogados, estudantes de direito e clérigos para agitar “reformar democráticas” e atuar no “empoderamento feminino”, ou seja, os mesmos eixos de atuação usados em 2023 e 2024.

As denúncias publicadas pela The Cradle demonstram como se dá a atuação do imperialismo em países atrasados, mas que possuem um regime nacionalista, como o caso do Irã. Usam da suposta defesa dos direitos humanos e da defesa da democracia para interferir e desestabilizar os seus regimes políticos. E é uma demagogia porque o imperialismo não possui nenhum resquício de democracia ou de respeito aos direitos humanos, pois se resume a roubar as riquezas dos países ao redor do mundo através de golpes de estado.

Outro fato importante é que essas operações são feitas através de suas agências como o NED, NERD e USAID que com também com uma aparência de promoverem pequena ajuda humanitária, destinam milhões de dólares para que sejam feitas campanhas artificiais para que sejam defendidos os interesses do imperialismo.

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Last Update: 24/02/2025