O governo de Donald Trump está pressionando a Ucrânia para fechar um novo acordo para exploração dos recursos naturais do país, mas que contém termos anteriormente rejeitados pelo governo ucraniano por serem onerosos em excesso.
Documentos obtidos pelo jornal The New York Times revelam que o acordo não apenas mantém as exigências inicialmente rejeitadas por Kiev, como obriga a Ucrânia a direcionar seus ganhos para um fundo sob controle norte-americano até que o valor chegue a US$ 500 bilhões – cerca de quatro vezes acima da ajuda concedida ao país.
O texto em questão sugere que os EUA podem continuar enviando assistência à Ucrânia, mas estabelece que a concessão de qualquer nova ajuda exigirá que Kiev contribua com o dobro do valor recebido.
O documento inclui ainda uma cláusula sobre possíveis receitas geradas em áreas ocupadas pela Rússia, caso recuperadas, onde 66% seriam destinadas ao fundo norte-americano.
Trump considera que a obtenção do acesso aos minerais ucranianos é uma compensação aos bilhões já investidos na guerra contra a Rússia, mas o governo de Volodymyr Zelensky tenta resistir à pressão em busca de garantias concretas de segurança.
Representantes do governo da Ucrânia devem começar negociações formais já na próxima segunda-feira em meio à pressão executada pelos norte-americanos, dentre eles o enviado especial Keith Kellogg e o secretário do Tesouro Scott Bessent, para que os termos sejam integralmente aceitos.