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Brasileiros têm sofrido racismo e xenofobia na Alemanha. Priscila Menezes, que vive em Jena, no estado da Turíngia, há dez anos, relatou que uma pessoa que vive no local fez uma saudação nazista enquanto ela embarcava em um ônibus.
“Quando fui entrar, que a porta ia fechar, um dos rapazes fez a saudação de Hitler para mim”, contou à Deutsche Welle. A região onde o episódio ocorreu é dominada pelo Alternativa para Alemanha (AfD), partido de ultradireita.
O partido foi o segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, com 21%, para as eleições do país e os políticos da sigla investem num discurso anti-imigração. Priscila acredita que o contexto político favorece crimes do tipo.
“Existe uma ousadia maior por parte dessas pessoas que são racistas, xenofóbicas. Sinceramente, eu não me sinto tão a vontade como me sentia antes”, prosseguiu.
Na cidade de Dresden, outro reduto do AfD, o enfermeiro brasileiro Jonatan, que vive há cinco meses no país, relata que foi vítima de racismo de uma senhora de 68 anos enquanto trabalhava em um hospital. “Ela não aceitou que eu calçasse a meia compressiva dela. Porque ela disse que eu era negro”, contou.
Episódios do tipo têm feito com que brasileiros fiquem apreensivos e preocupados com o crescimento da ultradireita no país. “Se eu não me sinto bem no local onde eu moro, não faz mais sentido”, afirma a intérprete e tradutora Cleusa dos Santos Knoll.
Brasileiros são alvo de xenofobia na Alemanha.
"Fizeram a saudação de Hitler para mim", conta uma brasileira que mora há dez anos no leste alemão, região onde o partido anti-imigração AfD tem força. Brasileiros ouvidos pela DW dizem estar apreensivos com o crescimento da… pic.twitter.com/dMEjIcRDqD
— Metrópoles (@Metropoles) February 21, 2025
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