O primeiro encontro do dia debateu os setoriais do PT, fundamentais na construção das políticas do partido, e contou com a participação de Gleisi, Okamotto e outras personalidades

O segundo dia de eventos previstos nas comemorações dos 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), na cidade do Rio de Janeiro, debateu a importância do papel dos setoriais para o futuro da legenda e marcou o lançamento do circuito Elas por Elas, de fortalecimento da participação das mulheres no processo político e partidário

Nesta sexta-feira (21), tomaram a palavra a presidenta nacional do PT, deputada federal (PR) Gleisi Hoffmann, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, a secretária nacional de Mulheres, Anne Moura, e outras figuras relevantes do partido.

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“Presidir o PT é uma das coisas mais importantes que fiz”

“A tarefa desse partido, que completa 45 anos, é essa: representar o povo brasileiro, o povo trabalhador. E é por isso, por esse laço com a sociedade, que esse partido ganhou, junto com Lula, cinco eleições presidenciais das nove que participou”, declarou Gleisi Hoffmann, em sua fala no primeiro debate do dia.

Muito aplaudida pelos presentes, Gleisi afirmou que assumir a presidência do partido é “uma das coisas mais importantes” que fez na vida. E aproveitou para saudar todos os setoriais presentes na conversa e para celebrar o lançamento do programa Elas por Elas.

Em seu discurso, a presidenta do PT também citou a denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. E lembrou que foi a partir da proclamação da inocência de Lula, pela justiça, que começaram os ataques contra a democracia, “porque Bolsonaro sabia que seria difícil derrotar Lula nas urnas”. E concluiu: “Bolsonaro tem que sentar no banco dos réus”.

“Precisamos ser mais atuantes”

Antes da fala de Gleisi, houve a participação de diversas personalidades políticas do partido. Paulo Okamotto foi o primeiro a falar. O presidente da FPA destrinchou como a fundação trabalha para formar os quadros do PT e enfatizou a importância da luta setorial na transformação social do país. Ele aproveitou o discurso para fazer uma reflexão sobre a atuação da legenda. “Nós precisamos ser mais atuantes. Nós precisamos ter mais capilaridade”, pregou.

Okamotto também lembrou que, nos primeiros anos do partido, todas as lutas por melhorias e avanços sociais eram associadas ao PT. E fez um apelo: “é preciso recuperar isso”.

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Setoriais do partido

Após a abertura de Okamotto, discursaram os líderes dos setoriais do PT, mediados por Brenno Almeida, vice-presidente da FPA. A primeira a falar foi Vera Lucia da Cruz Barbosa, secretária de Movimentos Populares. Ela ressaltou que “o PT é o maior instrumento político e de lutas que a classe trabalhadora construiu nos últimos anos”.

Viviane Martins, secretária de cultura, lembrou que “é a base do PT que constrói o partido”. Já Martvs das Chagas, secretária de Combate ao Racismo, citou o assessor especial da presidência da República, Celso Amorim, segundo o qual “a questão social só será resolvida quando resolvermos a questão racial”.

Saulo Antônio Dias dos Santos, secretário de Meio Ambiente, alertou que é “necessário discutir a questão da sobrevivência do planeta”. E lembrou que Lula, em todas as ocasiões, fala da importância de debatermos profundamente o assunto.

Gustavo Rodrigues, secretário estadual LGBT (RJ), comemorou o fato de o PT ter elegido, em 2020, 2022 e 2024, o maior número de representantes LGBT no país. E Nádia Garcia, secretária nacional da Juventude, lembrou que o PT também reúne a maior juventude partidária de todo o continente.

A deputada federal Maria do Rosário (RS) participou igualmente do debate sobre os setoriais do PT. Em discurso aguardado, a parlamentar defendeu, com veemência, os trabalhadores e a justiça social. “Compreender a nova classe trabalhadora (…) é um desafio que o nosso partido tem para continuar sendo da luta hoje, mas com o olhar para o futuro, pensando o socialismo como dimensão de uma sociedade justa, transformadora”, definiu.

Ainda discursaram Maria Rosilene Bezerra, secretária Agrária, e Paulo Aparecido Cayres, secretário Nacional, que ressaltaram a importância dos setoriais na construção das ideias e das políticas do PT, celebrando a trajetória do partido até aqui e apontando sua importância central no futuro do país.

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Elas por Elas

A conversa também marcou o lançamento simbólico do projeto feminino de formação política Elas por Elas. Anne Moura, secretária de Mulheres, tratou do imperativo de se derrotar a extrema direita e reeleger o presidente Lula em 2026. Ela exaltou o histórico petista na defesa inarredável das minorias. “Acho que já podemos dizer que nós somos o único partido que tem uma política afirmativa verdadeiramente de ampliar a presença na participação política de diversos setores. E isso se dá comprovadamente pelo resultado eleitoral”, disse.

“E esse partido, que tem paridade em todas as suas direções, que elegeu, depois de 40 anos, a primeira mulher presidenta desse nosso partido, que é a deputada Gleisi Hoffmann, é um partido de vanguarda […] E a gente segue nessa resistência, elegendo nosso presidente Lula”, indicou, antes de pedir mobilização da militância nas eleições de 2026.

Moura convocou as mulheres para lutar por igualdade: “Porque nós somos a maioria do eleitorado e a maioria da população. E queremos igualdade, sim, na política, que é o nosso lugar.”

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Last Update: 21/02/2025