O presidente francês Emmanuel Macron – Foto: Reprodução

A França se aproxima da reta final das eleições legislativas, com a extrema direita ganhando força, o que levanta diversas questões sobre o futuro político do país. As eleições ocorrem em dois turnos, nos dias 30 de junho e 7 de julho, após o presidente Emmanuel Macron dissolver o parlamento no mês passado, buscando evitar que os nacionalistas ganhassem mais visibilidade.

A dissolução do parlamento por Macron ocorreu pouco depois de seu partido, o REM, ser derrotado nas eleições do Parlamento Europeu pelo partido de Marine Le Pen, a líder populista de extrema direita. O aliado de Macron, Gabriel Attal, afirmou que deseja “evitar que os extremos, especialmente a extrema direita, ganhem estas eleições”, incentivando os franceses a votarem na aliança do presidente.

Pesquisas recentes, como a realizada pelo OpinionWay e publicada pelo jornal Les Echos, indicam que o partido de Le Pen, o RN, pode alcançar até 37% do voto popular, um aumento em relação à semana anterior. Enquanto isso, o bloco centrista de Macron, Juntos, teve uma queda de dois pontos percentuais, ficando com 20%.

Marine Le Pen – Foto: Reprodução

Elemento de incerteza

O sistema eleitoral francês, que elege 577 deputados em círculos eleitorais não nominais com sistema majoritário em dois turnos, adiciona um elemento de incerteza ao resultado final. Partidos socialistas, comunistas e ambientalistas, aliados do França Insubmissa (LFI) na coligação de esquerda NFP, já anunciaram que retirarão seus candidatos se ficarem em terceiro lugar no primeiro turno, para fortalecer a posição do governo contra a extrema direita.

Situação atual

Atualmente, o partido de Macron possui 169 deputados na Assembleia Nacional, enquanto o RN de Le Pen conta com 88 assentos. Para alcançar a maioria absoluta, seriam necessários 289 deputados, o que poderia forçar Macron a nomear um adversário como primeiro-ministro, resultando em um cenário de “coabitação” entre presidente e primeiro-ministro de partidos diferentes.

Nessa situação, o presidente manteria seu papel em defesa e política externa, mas perderia o controle sobre a política doméstica.

Vale ressaltar que a última vez que a França viveu um período de coabitação foi em 1997, quando o presidente Jacques Chirac dissolveu o parlamento e acabou perdendo para uma coalizão de esquerda.

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Última Atualização: 01/07/2024