A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) – Ceará tem acompanhado de perto a luta pelo pagamento do piso salarial da enfermagem no escritório geral da rede Hapvida no estado do Ceará. O Sindsaúde Ceará se reuniu com a Rede Hapvida para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025, que abrange o reajuste salarial e a implementação do piso salarial da enfermagem.
As propostas iniciais da Hapvida foram consideradas “decepcionantes e distantes do previsto em lei”.Entre as propostas, a empresa sugeriu um reajuste salarial de apenas 3,23%, aumento do vale-refeição de R$16 para R$20 por dia, vale-alimentação de R$60 para R$100, e a manutenção do reajuste do auxílio-creche/babá em 3,23%.
Em relação ao piso salarial da enfermagem, a Hapvida propôs um piso regionalizado, 23% abaixo do piso nacional, considerando os pagamentos globais, incluindo salário base e adicional de insalubridade, para o cálculo. Para os técnicos de enfermagem que trabalham 220 horas mensais, isso significaria um piso salarial a partir de R$ 1.792,76, chegando a R$ 2.277,85, a ser implementado em três parcelas até novembro de 2025. O Sindsaúde Ceará rejeitou veementemente essas propostas.
Francisco de Assis, da Diretoria Plena do Sindsaúde Ceará, expressou a dificuldade em garantir o cumprimento da lei do piso salarial da enfermagem.”O reajuste já está previsto em lei para os trabalhadores da enfermagem. No entanto, como é difícil para o nosso país: quando a lei beneficia os empresários, ela é cumprida; mas, quando é para melhorar as condições do povo, como o salário daqueles que estão na linha de frente cuidando da saúde e que enfrentam uma pandemia, a lei não é respeitada”, disse.
O Sindsaúde apresentou uma contraproposta em 17 de junho, solicitando um reajuste salarial de 7%, a não regionalização do piso salarial, e que uma jornada de 12×36 seja considerada como 44 horas semanais e 220 horas mensais. Uma nova reunião foi agendada para o dia 20 de junho, com a expectativa de uma oferta mais justa. A luta pelo piso da enfermagem continua, com o Sindsaúde buscando garantir os direitos dos profissionais da saúde.