O Brasil enfrenta a terceira onda de calor de 2025, com seis estados sob alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As temperaturas extremas atingem Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, trazendo riscos à saúde da população.
No Rio, os termômetros registraram 41,3ºC, levando a cidade ao nível 4 de calor, quando as temperaturas ficam entre 40ºC e 44ºC por pelo menos três dias seguidos.
No litoral paulista, moradores e turistas buscam sombra para se proteger. “Vamos dizer assim, insuportável. Não dá nem para pisar na areia de chinelo porque queima o pé”, comentou um banhista durante entrevista ao JN, da TV Globo.
Para amenizar os efeitos do calor intenso, muitas pessoas também reforçaram medidas de proteção, como uso de bonés, óculos escuros e roupas leves.
O que explica o fenômeno?
A onda de calor é comum no verão, mas um sistema de alta pressão está intensificando o fenômeno. “É uma compressão da atmosfera que inibe a formação de nuvens e de chuva. Então, boa parte do calor que seria refletida pelas nuvens ou evaporaria a chuva, ela vai se converter em mais calor”, explicou Giovanno Dolif, pesquisador do Cemaden. Esse sistema impede o alívio da temperatura, tornando os dias ainda mais quentes.
Além das temperaturas elevadas, a umidade do ar intensifica a sensação térmica, dificultando a evaporação do suor e elevando a percepção de calor. Em Santos, por exemplo, a sensação térmica chegou a 43°C – a combinação de calor extremo e umidade elevada pode aumentar o risco de desidratação e outros problemas de saúde.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância da hidratação constante. “Deve ser algo programado. Você deve deixar sua garrafinha de água ao lado do seu ponto de trabalho, ao lado da sua cama, para que você se hidrate durante a noite, se hidrate antes do exercício físico, para você não se expor tanto e atenuar esses efeitos tão ruins do calor em excesso”, orienta o médico do esporte Fabio Baptista.
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