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O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) publicou um vídeo nas redes sociais denunciando o uso de “energia lunar” em Minas Gerais. O bolsonarista afirmou que a geração de energia solar no estado só seria permitida entre 19h e 5h, o que foi desmentido pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O parlamentar compartilhou um vídeo do influenciador digital Felipe Vasconcelos Negraes no último domingo (16). A publicação abordava a Lei 14.300, de 2022, que criou o Marco Legal da Micro e Minigeração de Energia. No vídeo, o homem alegava que haveria uma brecha na legislação impedindo o funcionamento de painéis solares durante o dia.
“Ficou complicado no estado de Minas Gerais você instalar painéis solares, porque agora, por conta de uma brecha na lei, você só pode gerar energia solar entre 19h da noite e 5h da manhã. Agora é energia lunar”, declarou o influenciador, em um vídeo amplificado por Cleitinho.
A publicação alcançou mais de 1 milhão de visualizações. “Vão falar que estou fazendo fake news”, disse Cleitinho no vídeo compartilhado. “Como o empresário falou: é lunar. Já estamos estudando para acabar com isso e fazer uma nova lei sem essas brechas.”
🚨VEJA – Senador Cleitinho denuncia que lei de MG permite que placas de energia solar somente sejam carregadas à noite
“Olha que afronta! É lunar! Já estamos estudando para acabar com isso e fazer nova lei sem essas brechas.” pic.twitter.com/QqYcLC9fe7
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) February 17, 2025
Em nota, a Cemig esclareceu que a geração distribuída de energia solar ocorre durante o dia, quando há incidência de luz solar. A estatal explicou que, em alguns casos, pode ocorrer risco de inversão de fluxo, quando a rede não suporta a quantidade de energia recebida.
“Nessas situações, o solicitante pode armazenar a energia gerada e utilizá-la no período noturno. Dessa forma, tendo em vista a segurança do sistema elétrico, a Cemig segue a determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso posto, não existe geração de ‘energia lunar’”, informou a estatal.
“Entre as consequências da inversão de fluxo, destacam-se a sobrecarga nos transformadores das subestações, interrupção no fornecimento de energia, sobretensão nas redes de distribuição, redução da vida útil e danos nos equipamentos da rede elétrica, comprometendo seriamente a qualidade de fornecimento aos clientes.”
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