O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu o retorno do ex-policial penal Jorge Guaranho para a prisão nesta segunda-feira (17). Condenado a 20 anos de prisão em regime inicial fechado, o ex-policial garantiu o direito à prisão domiciliar devido ao estado de saúde em que se encontra.

Para o MP, as condições de saúde em que Guaranho se encontra não indicam debilidade extrema, que o impeça de receber atendimento na prisão, até porque o ex-policial foi medicado e acompanhado por um profissional da saúde no período em que ele esteve detido. 

Há evidências, ainda, de um “alto grau de belicosidade latente do paciente” e que, por isso, não há justificativas para a prisão domiciliar, em especial quando “a violência perpetrada tem relação direta com aspectos de ordem pessoal/comportamental que não mudam do dia para a noite”.

Em nota, a defesa lamentou a postura do MP e reafirmou que o ex-policial penal não tem condições de permanecer preso. 

Entenda o caso

Na última quinta-feira (13), Guaranho foi condenado pela 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba a cumprir 20 anos em regime fechado pela morte do tesoureiro do PT e militante Marcelo Arruda, durante sua festa de aniversário, em 2022.

O ex-policial foi sentenciado por homicídio duplamente qualificado, tendo em vista que foi cometido por motivo fútil (divergência política) e perigo comum (disparo de tiros em ambiente com outras pessoas).

O crime aconteceu após uma discussão em 9 de julho de 2022, quando o bolsonarista invadiu a festa de aniversário da vítima.

Ao longo do julgamento, Guaranho reconheceu ter sido uma idiotice parar o carro em frente a festa do petista, ocasião em que tocou músicas de campanha do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um dia após a condenação, o assassino condenado conseguiu um habeas corpus preventivo para cumprir a sentença em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.

Ferido no confronto que resultou na morte de Marcelo Arruda, Guaranho foi atingido por um disparo e também foi espancado por convidados de Marcelo Arruda. As sequelas desta agressão, que inclui limitações neurológicas e motoras, foram usadas pela defesa para justificar a continuidade da prisão domiciliar.

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Last Update: 17/02/2025