O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou, na manhã desta terça-feira 17, uma operação contra supostos envolvidos na tentativa de assassinato de José Aprígio, do ex-prefeito de Tabotão da Serra. O caso aconteceu em outubro do ano passado.
Os agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão, além de outros dois de prisão temporária. Nomeada ‘Fato Oculto’, a operação é resultado da apuração que indica que a tentativa de homicídio teria sido forjada.
Os mandados de busca e apreensão são cumpridos na casa de três ex-secretários da gestão Aprígio. Ricardo Rezende e Valdemar Aprígio (que é irmão do ex-prefeito) foram presos preventivamente.
De acordo com os investigadores, a ideia era beneficiar Aprígio nas eleições municipais do ano passado. Apesar do atentado, ele foi derrotado no segundo turno do pleito por Daniel Bugalho (União Brasil).
A defesa de Aprígio se manifestou sobre a operação. Allan Mohamed, que também é ex-secretário municipal, foi à polícia em Taboão da Serra e se disse “surpreso com o desdobramento” do caso.
“Estamos surpresos com o desdobramento da forma como aconteceu”, disse o advogado.
O caso
José Aprígio foi baleado no ombro quando estava no seu automóvel. Ele estava visitando bairros atingidos pelas chuvas quando foi atingido pelo disparo.
Logo após o atentado, ele foi atendido em Taboão da Serra e encaminhado para São Paulo. O então candidato chegou a receber solidariedade de políticos, a exemplo do prefeito do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Só que as investigações apontam, como mencionado, que o ataque foi forjado. Um dos indícios da tese surgiu do fato de que a polícia encontrou um carro carbonizado na região do Rodoanel que teria sido utilizado no ataque.