O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira um memorando que prevê a imposição de tarifas recíprocas a países que cobram taxas sobre produtos americanos.
Trump afirmou na Casa Branca que, caso outros países imponham tarifas aos EUA, o país aplicará o mesmo nível de taxação.
As tarifas, instituídas por ordem executiva, ainda não têm data definida para entrar em vigor. Segundo um funcionário da Casa Branca, o intervalo até a implementação foi planejado para permitir negociações com outros países.
A ordem determina que o representante comercial e o secretário de Comércio dos EUA proponham novas taxas individualmente para cada país, em um processo que pode levar semanas ou meses.
Howard Lutnick, indicado para liderar o Departamento de Comércio, afirmou que os estudos necessários devem ser concluídos até 1º de abril, com possibilidade de ação imediata por parte de Trump.
A medida afetará países que mantêm tarifas mais altas para produtos americanos do que as aplicadas pelos EUA. Países em desenvolvimento, como Brasil, Índia, Vietnã e outras nações do Sudeste Asiático e da África, estão entre os mais impactados.
A tarifa média de importação brasileira para produtos americanos é de 12% a 13%, enquanto os EUA aplicam cerca de 3% para itens brasileiros.
Com o anúncio, o dólar reduziu as perdas, e moedas de economias afetadas, como o euro e o peso mexicano, reagiram. Na segunda-feira, Trump já havia anunciado tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, impactando o Brasil, um dos principais exportadores de aço para os EUA.
Com informações do Globo
