A escassez de ovos nos Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, se agravou, elevando ainda mais os preços e esvaziando prateleiras em supermercados de diversas cidades. A crise é consequência da gripe aviária, que matou milhões de galinhas no país e afetou diretamente a produção e a oferta do produto.
Segundo um relatório do US Bureau of Labor Statistics, divulgado nesta quarta-feira (13), os preços dos ovos subiram mais de 15% em janeiro em relação ao mês anterior, maior aumento registrado desde 2015. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a alta chegou a 55%.
Esse aumento elevou a inflação americana ao maior nível desde agosto de 2023. Em janeiro, o índice registrou alta de 0,5% em relação ao mês anterior.
A crise levou supermercados de cidades como Nova York, Chicago e Los Angeles a limitarem a quantidade de ovos por cliente. A rede Waffle House, por sua vez, impôs uma sobretaxa temporária de US$ 0,50 por unidade de ovo.
A situação se tornou tão crítica que um supermercado Whole Foods em Chicago ficou completamente sem o produto na noite da última terça-feira (11), tornando desnecessários até mesmo os avisos de restrição de compra.
O preço médio da dúzia de ovos atingiu US$ 7,34 no dia 7 de fevereiro, um recorde histórico, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Esse valor representa um aumento de 10% em relação à semana anterior.
Desde o início do surto de gripe aviária, em 2022, mais de 100 milhões de galinhas poedeiras foram perdidas, conforme dados do grupo United Egg Producers. Com isso, redes como Trader Joe’s e Costco Wholesale limitaram as compras a uma, duas ou três caixas por cliente.
Diante da crise, a administração Trump afirmou que está desenvolvendo um plano para conter os impactos da gripe aviária. “Muito em breve todos verão um plano para superar isso”, declarou Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (12).
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