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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso definiram, em reunião fechada na semana passada, em Brasília, a “estratégia” para enfrentar o governo Lula (PT) na segunda metade do mandato, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.
Líderes da Câmara e do Senado decidiram evitar pautas ideológicas e concentrar a oposição na agenda econômica, abordando temas como a alta no preço dos alimentos e combustíveis, o descontrole fiscal, os juros elevados e a valorização do dólar. Além disso, insistem na instalação da CPI dos Correios para criticar o que classificam como aparelhamento das estatais.
O senador Jorge Seif (PL-SC) reforçou a nova abordagem da oposição. “Nós vamos deixar um pouco de lado as pautas ideológicas, que já estão intrínsecas no nosso DNA, e focar mais na questão econômica, que está impactando no bolso e na mesa de cada cidadão brasileiro. A pauta econômica hoje é a prioridade da oposição.”
A estratégia inclui discursos na tribuna contra as políticas econômicas do governo e convocações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para prestar esclarecimentos ao Congresso. Bolsonaro também reforçou o tom da oposição ao enviar, no último domingo (9), uma mensagem à bancada do PL.
“A agenda de costumes já está incorporada, está em nosso sangue. A marca da direita: menos impostos, liberdade econômica/religiosa/expressão, PIX, política externa, legítimo direito à defesa, propriedade privada, defesa da democracia/família, etc.”, escreveu o ex-presidente.
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A oposição também pretende acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar contratos, licitações, despesas de autoridades e prejuízos nas estatais. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), já pediu que a corte apure a criação da fundação IBGE+, alegando falta de transparência nos convênios com o setor privado.
Outra frente de ataque será a CPI dos Correios. O grupo bolsonarista no Senado conseguiu reunir 28 assinaturas para abrir a investigação sobre a estatal, o que pode intensificar o embate entre o Parlamento e o Palácio do Planalto.
A CPI, proposta por Márcio Bittar (União Brasil-AC), pretende apurar interferências políticas na estatal, problemas na gestão do fundo previdenciário e possíveis irregularidades financeiras e administrativas. No entanto, para que a investigação seja oficialmente instaurada, o requerimento precisa ser aceito e lido em plenário pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que ainda não sinalizou se atenderá ao pedido.
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