A Justiça aceitou, nesta quarta-feira 12, o pedido de recuperação judicial da Bombril. As dívidas da empresa envolvem o valor agregado de 2,3 bilhões de reais.
A companhia entrou com o pedido na 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo na segunda-feira 10.
Com o aval da Justiça, todas as ações e execuções contra a empresa estão suspensas por 180 dias e os credores não podem realizar penhoras, arrestos ou apreensões de bens das empresas. A empresa precisará apresentar um plano de recuperação judicial em até 60 dias.
Em um fato relevante divulgado ao mercado, a dívida da companhia está relacionada a autuações da Receita Federal por suposta falta de recolhimento de tributos incidentes em operações de aquisição de títulos de dívida estrangeiros (T-Bills), realizadas no período entre 1998 e 2001 pela companhia e por veículo do grupo empresarial italiano c, que era controlador da Bombril naquela época.
A empresa disse ainda que, através do processo de recuperação judicial, “será capaz de manter a sua capacidade operacional e reestruturar adequadamente seu passivo, por meio de um processo célere e com o menor impacto possível aos direitos dos credores e às atividades operacionais.”