Nesta terça-feira (11), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), representada pelo presidente da CTB-SP, Rene Vicente, e pelo secretário adjunto de políticas educacionais, esporte e lazer, Carlos Rogério, participou da reunião do COP-30 e oficina sobre a Taxonomia Sustentável, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), em São Paulo.
Reunião entre Centrais Sindicais e DIEESE
A reunião teve como foco central a proximidade da COP-30, agendada para ocorrer em Belém entre 10 e 21 de novembro de 2025159. A pauta principal abordou a necessidade de inserir a temática do trabalho nas discussões ambientais, um aspecto que tem sido negligenciado. O conceito de Transição Justa, originado no movimento sindical, ainda enfrenta desafios para se consolidar como política pública no Brasil, deixando frequentemente de lado as necessidades da classe trabalhadora.
Carlos Rogério Nunes destacou a importância da criação do Fórum do Meio Ambiente e Trabalho Decente, coordenado pelo DIEESE, dentro do Fórum das Centrais Sindicais. Segundo ele, esse fórum será crucial para tratar de questões como degradação ambiental e a garantia de trabalho decente, representando um avanço significativo para o movimento sindical ao abordar um tema cada vez mais presente na sociedade.
Oficina sobre a Taxonomia Sustentável Brasileira
Na parte da tarde, a CTB participou da oficina sobre a Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), uma atividade que integra a consulta pública da primeira edição da TSB, anunciada na COP29. O processo de construção da TSB visa definir atividades econômicas prioritárias alinhadas a objetivos sustentáveis, orientando o mercado financeiro e investidores a seguirem diretrizes sustentáveis. Embora a geração de empregos não tenha sido o foco inicial, espera-se que a implementação da TSB tenha impactos significativos no mercado de trabalho.
Para este diálogo, foram convidados representantes dos Ministérios da Fazenda (MF), Trabalho e Emprego (MTE), Meio Ambiente e Mudança Climática (MMAMC), Indústria, Comércio e Inovação (MDIC) e Minas e Energia (MME). Até o momento, confirmaram participação das representantes do MF, MTE e MMAMC, e outras confirmações são aguardadas.
A pergunta norteadora da oficina foi: “Qual será o impacto esperado da Taxonomia Sustentável Brasileira para o desenvolvimento econômico, com ênfase no mercado de trabalho?”
A COP30 representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar sua liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global. O evento permitirá ao país demonstrar seus esforços em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar sua atuação histórica em processos multilaterais. Os principais temas a serem discutidos na COP30 incluem a redução de emissões de gases de efeito estufa, a adaptação às mudanças climáticas, o financiamento climático para países em desenvolvimento, tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono, a preservação de florestas e biodiversidade, e a justiça climática.