O Brasil lidera o ranking mundial de homicídios, com 46.328 casos em 2023, evidenciando uma crise de segurança pública que já supera a preocupação com a economia. Segundo pesquisa da Quaest, 26% dos brasileiros apontam a violência como o maior problema do país, enquanto 21% citam questões econômicas. Esse cenário reflete o desespero da população e a falta de respostas concretas do poder público. 

O modelo adotado por Nayib Bukele em El Salvador, apesar das duras críticas por supressão de direitos, demonstrou que há soluções para conter a criminalidade, ainda que a um alto custo democrático. Seu governo aprovou um estado de exceção renovado sucessivamente, reduzindo drasticamente a violência e conquistando apoio popular. No Brasil, a segurança pública segue desorganizada, sem diagnósticos precisos ou planejamento de longo prazo. 

O governo federal, único ator com capacidade real para coordenar uma mudança estrutural, permanece omisso. No entanto, o histórico mostra que problemas antes considerados insolúveis já foram enfrentados com sucesso, como a hiperinflação combatida pelo Plano Real e a crise sanitária mitigada pelo SUS. O debate eleitoral de 2026 trará a segurança pública para o centro das discussões. A classe política precisa compreender que enfrentar esse desafio não apenas atenderá ao clamor popular, mas também garantirá um imenso retorno político para quem conseguir apresentar soluções eficazes. O Brasil não pode continuar refém da criminalidade por inação governamental.

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Last Update: 12/02/2025