O Brasil colhe bons frutos da retomada estratégica da política industrial ao registrar, em 2024, crescimento de 3,1% em relação a 2023, com índices muito positivos de produção em 17 dos 18 locais avaliados. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM Regional), divulgada na última terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os resultados exitosos do governo do presidente Lula apareceram em apenas um ano após o lançamento do Nova Indústria Brasil (NIB), um plano de ações com orçamento de R$ 300 bilhões que estão sendo investidos para remodelar o cenário industrial brasileiro na perspectiva da inovação e transição energética, fortalecer o setor e torná-lo mais competitivo, gerando empregos e reduzindo desigualdades.
“Para aqueles que gostam de aferir os resultados do governo, uma boa notícia: o parafuso está apertado e a máquina tornou a funcionar. O NIB estimula uma indústria mais inovadora, verde, exportadora e competitiva. O Brasil tem um chão de fábrica sólido e essa base nos permitirá avançar em novos mercados e diversificar nossa produção”, ressaltou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em artigo publicado no jornal O Globo dia 3 de fevereiro.
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Dados auspiciosos
No estudo, o IBGE apurou alta nas produções industriais em Santa Catarina (7,7%) devido às atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, máquinas e equipamentos, confecção de artigos do vestuário e acessórios e produtos alimentícios; no Rio Grande do Norte (7,4%) graças à produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel); e Ceará (6,9%) com os artefatos do couro, artigos de viagem e calçados, confecção de artigos do vestuário e acessórios e produtos têxteis no Ceará.
Destacaram-se também o Pará (5,7%), Mato Grosso (5,4%), Pernambuco (4,6%), Paraná (4,2%), Amazonas (3,6%) e Mato Grosso do Sul (3,5%), acima da média nacional.
“A indústria brasileira tá com tudo! O setor cresceu 3,1% no último ano e avançou, impulsionado pela atuação estratégica do governo Lula com programas como o Nova Indústria Brasil, o NIB, que comemora um ano nesta quarta-feira (12) e lança sua 6ª etapa”, celebrou na rede social X o deputado federal José Guimarães (PT-CE), vice-presidente do PT e líder do governo na Câmara.
A indústria brasileira tá com tudo! O setor cresceu 3,1% no último ano e avança, impulsionado pela atuação estratégica do Governo @LulaOficial com programas como o Nova Indústria Brasil, o NIB, que celebra um ano nesta quarta-feira (12) e lança sua 6ª etapa. pic.twitter.com/pwlh3K4AX5
— José Guimarães (@guimaraes13PT) February 12, 2025
Avanço disseminado
Para o pesquisador do IBGE, Bernardo Almeida, o avanço do setor de modo disseminado foi favorecida por conjuntura macroeconômica mais favorável observada na maior parte do ano.
“Em 2024, o avanço verificado na indústria nacional aconteceu tendo uma baixa base de comparação em 2023, o que favorece o crescimento nesse tipo de avaliação. Regionalmente, houve um ganho de ritmo na indústria, com expansão em quase todos os locais pesquisados”, disse o analista.
A indústria do estado de São Paulo teve desempenho semelhante ao do país, pelo resultado dos setores de veículos automotores (produção de autopeças, automóveis, caminhão-trator para reboques, semirreboques e caminhões) e de outros produtos químicos (fungicidas para uso na agricultura e preparações capilares), segundo Bernardo.
Ainda segundo o IBGE, o último mês de 2024 teve números positivos na indústria do Amazonas (4,3%), Espírito Santo (4%), Pernambuco (3,9%), Bahia (2,8%), Região Nordeste (1,4%), Goiás (0,8%), Rio Grande do Sul (0,7%) e Santa Catarina (0,5%).
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NIB tem 41 projetos
O programa Nova Indústria Brasil (NIB) foi elaborado em 2023 por integrantes de 20 ministérios, BNDES e 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores. Ele estabelece metas específicas para seis missões, abrangendo os setores de infraestrutura, moradia e mobilidade; agroindústria; complexo industrial de saúde; transformação digital; bioeconomia e transição energética; e tecnologia de defesa. Cada missão possui áreas prioritárias para investimentos visando atingir as metas estipuladas até 2033.
Para aprimorar o ambiente de negócios, a NIB conta com 41 projetos, incluindo desburocratização e enfrentamento de desafios apontados pelo setor produtivo. Com metas claras, investimentos expressivos e estratégias como o uso de compras públicas, o NIB visa dar um salto na produtividade e modernização industrial brasileira.
Da Redação, com Agência Brasil