O presidente Lula ressaltou, nesta quarta-feira (12), que quer a exploração de petróleo na Margem Equatorial, mas que antes é necessário pesquisar a região, que fica na foz do Rio Amazonas: “Não é que eu vou mandar explorar. Eu quero que seja explorado. Agora, antes de explorar, temos que pesquisar”, afirmou.
A fala ocorreu em entrevista à Rádio Diário FM de Macapá e antecede agenda do presidente na cidade. Lula estará na capital do Amapá na próxima quinta (13) para a entrega da Gleba Cumaú (Área J) para regularização fundiária e urbanização, do Conjunto Residencial Nelson dos Anjos e para a assinatura da Ordem de Serviço de início das obras do Instituto Federal de Tartarugalzinho.
Sobre a exploração na foz do Amazonas, Lula indicou que os estudos darão a previsão de petróleo no local, o que indicará a viabilidade do projeto. Ele informou que nas próximas semanas o Ibama e a Casa Civil se reunirão para deliberar sobre esta etapa prévia de estudo pela Petrobras.
“Precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa. Se depois a gente vai explorar, é outra discussão”, disse.
Leia mais: Ibama cobra mais dados da Petrobras para licenciar poço na Foz do Amazonas
Sobre a disputa interna quanto à exploração, Lula ressaltou que o Ibama é um órgão do governo e não um órgão contra o governo. E ainda salientou que a “Petrobras é uma empresa responsável”, sendo que a exploração na Margem Equatorial, se for viável, se voltará para a construção da transição energética nacional.
“[A Petrobras] tem a maior experiência de exploração de petróleo em águas profundas. Vamos cumprir todos os ritos necessários para que a gente não cause estrago na natureza. Até porque é dessa riqueza que a gente vai ter dinheiro para construir a sonhada transição energética”, reforçou.
Energia elétrica
Outro ponto da entrevista foi a atuação do governo para garantir a segurança energética do estado do Amapá e com preços justos à população. O presidente apontou que deverá ser inaugurada uma linha de transmissão no estado para “resolver definitivamente o problema do apagão que teve em 2020 no Amapá”.
Além disso, o presidente lembrou que o governo fez uma medida provisória para baixar o preço da energia elétrica no estado, pois com os reajustes das companhias de energia a tarifa chegaria a um reajuste de 44% no valor da conta de luz. Nesse sentido, em abril de 2024, o governo lançou a Medida Provisória (MP) que readequou os reajustes da energia do Amapá à média de outros estados da região Norte (9%).
Agendas
A agenda em Macapá deverá contar com as presenças dos ministros Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Jader Filho (Cidades) e Camilo Santana (Educação) e dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, além do governador Clécio Luis.
Além dela, que acontece na quinta (13), o presidente viaja no mesmo dia para Belém (PA), onde entregará unidades do Minha Casa, Minha Vida no Residencial Viver Outeiro e fará anúncio de ampliação do programa de microcrédito do Banco da Amazônia.
No dia seguinte, sexta (14), fará uma visita às obras do Parque da Cidade, que será receberá a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), e, em seguida, participa da divulgação de investimentos federais para o evento marcado para novembro.