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O senador Magno Malta (PL-ES), visivelmente alterado, fez uma série de “denúncias” nesta terça-feira (11) durante um encontro com Pedro Vaca Villarreal, relator especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Brasília.
Durante a reunião, Malta fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e comparou a morte de Clériston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, à de Vladimir Herzog durante a ditadura militar.
“A esquerda do Brasil que vocês conhecem fala que o Herzog desapareceu nos porões da ditadura. Esse cidadão aqui também desapareceu nos porões e o sangue dele está na mão do Supremo Tribunal Federal, de Alexandre de Moraes”, declarou o senador, exibindo fotos de Clezão sendo retirado do Senado em uma maca no dia 8 de janeiro.
Malta também criticou a condenação de uma mulher que pichou “perdeu, mané” em uma estátua da Justiça durante os atos terroristas em Brasília. “Escreveu com o batom aqui nessa estátua ‘perdeu, mané’. Ela eternizou uma frase dele [ministro Luís Roberto Barroso]. Sabe quantos anos ela tomou, doutor? 17 anos de cadeia? 17 anos”, disse.
Parabéns senador Magno Malta, mesmo ciente que essa Comitiva da OEA é de esquerda progressiva socialista (conforme diz em sua fala), disse tudo que precisava ser dito e, tenha certeza que seu pronunciamento ressoou nos ouvidos de Trump.👏👏 pic.twitter.com/h2cYy2kBan
— Joaquim Ribeiro (@joaquimrib1801) February 12, 2025
Além de Magno Malta, outros parlamentares da oposição participaram do encontro e relataram o que classificam como “abuso de autoridade” por parte de ministros do STF. Entre os presentes estavam os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Os bolsonaristas falaram sobre investigações da Polícia Federal (PF) que os envolvem, supostos abusos em buscas e apreensões e a suspensão de seus perfis em redes sociais. Também alegaram dificuldades para acessar os autos de inquéritos no STF e criticaram as penas “desmedidas” aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
A CIDH está no Brasil até 14 de fevereiro para “analisar a situação da liberdade de expressão no país”. A organização busca compreender diferentes perspectivas sobre o direito à liberdade de expressão, incluindo o ambiente digital.
A delegação veio a convite do governo brasileiro e tem reuniões programadas com representantes dos Três Poderes em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Na última segunda-feira (10), os representantes do órgão se reuniram com os ministros Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do STF.