Autoridades e analistas seguem com uma espécie de otimismo cauteloso com o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Hamas, em meio às acusações de que os israelenses violaram o acordo e que a libertação de prisioneiros seria interrompida.
Em resposta, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump prometeu que “o inferno” se instalaria na segunda-feira se os prisioneiros não fossem libertados, em uma ameaça que o Hamas diz complicar ainda mais a situação.
Citando o jornal The New York Times, o site libanês Al Mayadeen destaca a fragilidade do acordo de cessar-fogo e as baixas perspectivas de que haverá uma extensão para além do início de março, a menos que novas negociações produzam um acordo.
O impasse acontece por conta da acusação de que Israel não cumpriu os termos propostos na primeira fase do cessar-fogo, que seria facilitar a entrada de tendas e de outros suprimentos humanitários, o que Hamas afirma que não aconteceu.
Três autoridades israelenses e dois mediadores reconheceram que as alegações eram precisas, mas o órgão militar israelense responsável por supervisionar as entregas de ajuda a Gaza, rejeitou essas alegações como “completamente falsas”.
Na visão de analistas e analistas, a questão seria relativamente simples de se resolver caso Israel concordasse em permitir que Gaza obtivesse mais ajuda, mas existe a percepção de que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu esteja atrasando as negociações de extensão do cessar-fogo de propósito.
O alerta dado pelo Hamas tem sido visto como um esforço para acelerar o envio de ajuda humanitária, e também para levar Netanyahu a negociar de forma mais séria – mas não se descarta o posicionamento como resposta às ameaças de Trump de “tomar” Gaza.