Matéria publicada pelo site GGN assinada pelo jornalista Luiz Nassif denuncia as falsas as acusações do jornal O Globo sobre uma suposta fraude em um programa federal voltado para a entrega de marmitas para população de baixa renda. O alvo é uma ONG, presidida por Renato Varjão, que já havia trabalhado no gabinete parlamentar do deputado Nilto Tatto (PT-SP).

A repercussão da denúncia de O Globo resultou em outras reportagens em veículos como Jornal Nacional, Fantástico e Jornal da Band, entre outros, que apontaram a existência de uma quadrilha roubando dinheiro da marmita. A acusação irresponsável fez com que “senhoras que há anos distribuíam alimentos nas comunidades carentes, de repente passaram a ser apontadas como ladras de comida para pobre”, enfatiza o GGN.

De acordo com Nassif, se a reportagem de O Globo tivesse se empenhado mais na apuração dos fatos descobriria que a ONG mencionada foi “beneficiada por emendas parlamentares de alguns deputados federais e entre eles não há nenhum parlamentar do PT, muito menos nenhum centavo de Nilto Tatto (PT-SP)”.

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Ainda segundo a reportagem do GGN, “poucas das ONGs denunciadas colocaram a mão em um centavo do programa. A primeira liberação foi em fins de janeiro e estava depositada na conta das ONGs”. A denúncia teria sido reforçada pela informação de que a ONG Movimento Organizacional Vencer, Eduardo e Realizar (Mover Helipa) venceu o edital para coordenar um grupo de ONGs menores. Neste caso, a ONG vencedora é chamada de unidade gestora, que ajuda um grupo de ONGs menores a vencer a burocracia nos contratos públicos e a fiscalizar a entrega do produto.

“O modelo de uma unidade gestora contratando ONGs menores foi tratado como se fosse uma empresa subcontratando empresas menores para desviar recursos”, escreve Nassif.

“O repórter mediu o trabalho das ONGs como se fosse comércio convencional. Não se deu conta de que não há horário comercial, não há um mesmo sistema de produção e distribuição. As cozinhas são de pessoas que resolveram ajudar os miseráveis. Muitas delas estão nas próprias cozinhas de casas humildes. Também funcionam em horários diferentes, algumas servindo almoço, outras servindo jantar, muitas distribuindo as marmitas durante o dia”, completa a reportagem do GGN

O GGN confirma ainda que nada disso foi levado em conta pela reportagem de O Globo, que tratou as ONGs como apropriadoras de recursos públicos, sendo que “a maioria delas já havia se habilitado a receber cestas básicas da prefeitura e do estado, sem jamais terem sido acusadas de malversação de recursos”.

Da Redação, com site JornalGGN

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Last Update: 11/02/2025