O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu sua promessa e assinou nesta segunda-feira 10 um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país.
“Hoje simplifico nossas tarifas sobre o aço e o alumínio”, disse o presidente no Salão Oval, enquanto firmava as ordens executivas. “É 25%, sem exceções nem isenções”. Trump acrescentou que consideraria a imposição de tarifas adicionais sobre automóveis, produtos farmacêuticos e chips de computador.
Buscando avançar na sua proposta de guerra comercial com outros países do mundo, o presidente anunciou a medida no domingo 9. Segundo Trump, a tarifa será exclusiva para importação e que as empresas têm a opção de trazerem filiais e produção para dentro dos EUA em troca de tarifa zero.
A medida pode impactar de forma intensa a indústria brasileira, já que o País é segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá, segundo dados do Departamento de Comércio norte-americano.
O Brasil enviou aos EUA 4,49 milhões de toneladas líquidas em 2024, um crescimento de 14,1% em relação a 2023, segundo o American Iron and Steel Institute (Instituto Americano de Ferro e Aço).
Durante seu primeiro mandato, Trump fez uma medida parecida com o que tem ameaçado agora e impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio.
Entretanto, depois, concedeu a vários parceiros comerciais cotas isentas de impostos, incluindo o Canadá, México e Brasil. O ex-presidente Joe Biden estendeu essas cotas para o Reino Unido, Japão e a União Europeia (UE).
Mais cedo, antes de Trump assinar a ordem, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), reforçou a importância do diálogo e evitou comentar uma possível resposta do Brasil.
“Vamos aguardar ainda essa questão da taxação. Da outra vez que isso foi feito tiveram cotas. Nossa posição é sempre a de colaboração, parceria em benefício das nossas populações”, disse.
(Com informações da AFP).
