Bosco Costa (PL-SE), Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA): parlamentares foram citados em investigação da Polícia Federal sobre esquema de venda de emendas parlamentares – Foto: Reprodução

A Polícia Federal apontou os deputados federais Bosco Costa (PL-SE), Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA) como suspeitos de integrar um esquema de venda de emendas parlamentares. Segundo as investigações, os parlamentares negociavam recursos destinados à área da saúde, cobrando a devolução de até 25% dos valores. O caso está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

Josimar Maranhãozinho, influente no Maranhão, é apontado como o líder do esquema. Aliado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, ele já foi prefeito de Maranhãozinho e deputado estadual antes de chegar à Câmara em 2019. Sua esposa, Detinha (PL-MA), também ocupa uma cadeira como deputada federal.

Pastor Gil, outro nome envolvido, faz parte da bancada evangélica e tem forte ligação com a Assembleia de Deus, onde atuou por duas décadas. Ele ingressou na política em 2018 e, desde então, se aproximou de Josimar. Em suas redes sociais, aparece ao lado de Jair Bolsonaro e do pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados do ex-presidente.

Bosco Costa é o mais experiente entre os citados, cumprindo atualmente seu quarto mandato como deputado federal. Antes disso, foi prefeito de Moita Bonita (SE) e deputado estadual em Sergipe. Sua trajetória política começou na década de 1980, quando ocupou cargos administrativos no governo municipal.

As investigações

O inquérito que resultou na denúncia contra os três parlamentares teve início em 2020, no Maranhão. Durante as investigações, a PF obteve imagens de Josimar Maranhãozinho manuseando uma grande quantidade de dinheiro, supostamente obtido com o desvio de emendas.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que os parlamentares negociaram propina no valor de R$ 1,66 milhão, em troca da liberação de R$ 6,67 milhões para um município maranhense. As mensagens analisadas pela PF mostram conversas em que os deputados discutiam a divisão dos valores e o agendamento de reuniões com autoridades.

Troca de mensagens entre deputados mostra Josimar Maranhãozinho orientando colega a evitar encontros que poderiam ser filmados – Foto: Reprodução

O relator do caso no STF, ministro Cristiano Zanin, liberou a denúncia para julgamento na Primeira Turma da Corte. Pastor Gil afirmou que espera a decisão do Supremo e se diz confiante em provar sua inocência. Os demais parlamentares não comentaram as acusações.

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Last Update: 08/02/2025