André dos Santos, tratorista brasileiro que foi deportado dos EUA e retornou ao país. Reprodução/X Metrópoles

O tratorista brasileiro André dos Santos, deportado dos Estados Unidos, descreveu a dura realidade que enfrentou após ser detido pela imigração americana. Ele passou quase três meses preso e relata que foi tratado como um criminoso pelas autoridades.

Segundo André, tudo aconteceu em 18 de novembro de 2024, quando foi surpreendido por agentes da polícia de imigração dos EUA (ICE) enquanto realizava tarefas cotidianas. “Acordei por volta das 8h da manhã, fui ao banco sacar dinheiro e, sem perceber, uma viatura começou a me acompanhar. Depois que saí do banco, fui abastecer o carro no posto e, de repente, uns 15 ou 20 agentes me cercaram com armas em punho, como se eu tivesse cometido um crime. Não entendi nada até ver os distintivos e perceber que era a imigração”, relatou.

Após ser detido, André foi levado para um centro de detenção e permaneceu encarcerado por quase três meses, período que descreve como “terrível”. “Fiquei sem comer, sem beber e sem poder falar com minha família. Você fica esperando o tempo deles, sem ter qualquer controle sobre sua própria vida”, disse.

“O sonho americano não é como dizem”

De volta ao Brasil, André se diz aliviado por ter retornado com vida e alerta aqueles que pensam em tentar imigrar ilegalmente para os Estados Unidos. “Pensem bem antes de ir para a América. Lá não é como vocês imaginam. O custo de vida é alto, aluguel é caro, carro é caro. Não é do dia para a noite que você vai ganhar dinheiro fácil”, afirmou.

O tratorista, natural de Rondônia, contou que deixou tudo para trás nos EUA. “Tinha carro, móveis novos, dinheiro e, principalmente, minha esposa. Perdi tudo.” Apesar da experiência traumática, ele destacou a recepção calorosa ao chegar de volta ao Brasil. “O brasileiro tem um calor humano diferente. No exterior, as pessoas são frias, sem amor próprio. Aqui, fui recebido de uma forma que me emocionou.”

Antes de tentar a vida nos Estados Unidos, André cursava Direito e trabalhava com máquinas pesadas no Brasil. Ele sonhava em conhecer a América, mas diz que o risco não valeu a pena. “Arrisquei minha vida pelo sonho americano, mas não é como as pessoas dizem. Não é ruim, mas também não é como falam, que você colhe dinheiro na árvore.”

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 08/02/2025