Nesta sexta-feira (07), Morgan Ortagus, enviada dos Estados Unidos para o Líbano, reuniu-se com o atual presidente do país (Joseph Aoun) e também com o primeiro-ministro (Nawaf Salam).
Em declaração, a enviada do imperialismo agradeceu a “Israel” “por derrotar o Hesbolá”. Expondo a essência pró-imperialista do novo governo do Líbano, Ortagus afirmou que a “derrota” também “é graças ao presidente Aoun e ao primeiro-ministro designado Nawaf Salam… e a todos que estão comprometidos em garantir que o Hesbolá não faça parte deste governo de nenhuma forma, e que o Hesbolá permaneça desarmado e militarmente derrotado”.
Ortagus também deixou expresso que os EUA pressionam para impedir que o Hesbolá faça parte do novo governo, e que isto, e a própria existência do partido como organização de resistência são “são linhas vermelhas claras” para os EUA.
No que se refere à formação do novo governo, o Hesbolá e o Amal, ambos partidos xiitas, estariam negociando para terem cinco ministérios, sendo que o Hesbolá ficaria com o Ministério da Finanças, um dos principais. Contudo, o primeiro-ministro é contrário a que o partido revolucionário ocupe um cargo de tamanha importância.
Já em relação à questão militar, “Israel” vem violando diariamente o cessar-fogo firmado ao fim de novembro de 2024. Conforme notícias veiculadas em canais de informações no Telegram, várias das violações de cessar-fogo estão resultando na destruição de equipamentos e infraestrutura do Hesbolá no sul do país, o que só é possível fazer com colaboração do atual governo do Líbano e do exército libanês.
Novamente expondo a essência pró-imperialista do governo do Líbano, e do próprio Estado libanês, a enviada do imperialismo declarou que “estamos comprometidos com 18 de fevereiro… será a data para a redistribuição, quando as tropas israelenses terminarem sua redistribuição e as tropas do exército libanês vierem atrás delas”.