Em meio a uma crise comunicacional com a alta dos preços, afetando a imagem do governo Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou em cena com dados positivos e tentar minimizar as críticas ao governo: em previsões atualizadas, anunciou que espera uma queda no preço dos alimentos nas próximas semanas.
O ministro informou que o governo está atento às questões econômicas que impactam diretamente a população. Nesta sexta (07), um vídeo do presidente Lula nas redes sociais foi usado para criticar a postura do governo.
Nas falas, o presidente indicava que a população teria buscar preços de vendedores mais acessíveis, repassando à população a responsabilidade de ter que lidar com os custos altos. Apontado como um erro de comunicação, o ministro Haddad entrou em campo para comunicar os dados positivos econômicos do governo Lula e mostrar que ainda serão tomadas ações.
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Em um gesto positivo para a população e mercado, Fernando Haddad disse que os preços devem cair nas próximas semanas, devido a dois fatores: a desvalorização do dólar e a safra recorde.
Ele lembrou que a valorização do dólar no final de 2023 impactou a alta da inflação no ano passado, com ápice na eleição de Trump nos EUA, no final do ano.
“Isso fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro. As moedas perderam valor. Agora, se você acompanhar o que está acontecendo, o dólar está perdendo força. Já chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,70 e poucos. Isso também colabora para a redução do preço dos alimentos no médio prazo”, expôs.
Somado a isso, “o Plano Safra do presidente Lula no ano passado foi o maior da história, e vamos colher a safra agora, a partir de março. A safra vai ser recorde, vamos colher como nunca colhemos.”
Haddad critica “memória curta”
Haddad também elogiou os avanços econômicos alcançados desde o início do governo Lula, listando a estabilização dos indicadores fiscais, a retomada da confiança no mercado financeiro e a busca pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.
“Estamos construindo as bases para um país mais estável e justo, mas precisamos de tempo para consolidar esses avanços”, afirmou o ministro.
Segundo ele, não é possível enxergar o cenário atual sem levar em consideração a crise deixada pelos governos dos últimos “7 anos”, de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Haddad criticou o que chamou de “memória curta do jornalismo” ao comentar a recuperação econômica do país. Segundo ele, alguns analistas desconsideram o cenário de crise deixado pelos últimos anos de “má administração”. “Não dá para corrigir 7 anos de erros em apenas dois”, argumentou.