STF começa a julgar repatriação de crianças vítimas de sequestro internacional

Os ministros do Supremo Tribunal Federal começam a analisar, nesta quinta-feira 6, uma ação movida pelo PSOL para evitar que crianças trazidas ao Brasil pela mãe, sem autorização do pai, sejam obrigadas a voltar ao país onde moravam caso haja suspeita de violência doméstica, ainda que os menores não sejam alvos diretos de perigo.

O primeiro dia de julgamento serve para o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, ler seu relatório sobre o caso. Depois, as partes farão suas respectivas sustentações orais. Em linhas gerais, o tribunal discutirá a validade das regras sobre o crime de sequestro internacional de crianças previstas na Convenção de Haia, da qual o Brasil é signatário desde 2000.

Os ministros só votarão posteriormente, em uma sessão a ser agendada por Barroso.

O partido comandado por Paula Coradi questionou as normas da convenção por entender que o tratado obriga crianças e adolescentes a viver no exterior com o pai mesmo diante de denúncias de violência doméstica. Um trecho diz que uma criança não pode ser extraditada de volta ao seu país de origem em caso de risco grave à vida dela. 

Para o PSOL, esse item deveria valer mesmo que a criança não seja a vítima primária das violações.

sequestro internacional de crianças ocorre quando o pai ou a mãe leva o filho menor para outro país sem a autorização do outro responsável. Configura-se também quando, mesmo com autorização, o pai ou a mãe não devolve a criança ou o adolescente no tempo combinado.

Artigo Anterior

Brasil não deve cumprir meta de redução de casos de tuberculose até 2030

Próximo Artigo

Ministério da Cultura lança streaming gratuito ainda em 2025

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!