O Hospital Federal de Bonsucesso, uma das principais referências em atendimento de alta complexidade no Rio de Janeiro, teve sua emergência reaberta pelo governo Lula nesta quinta-feira (6), após cinco anos de fechamento.
A cerimônia contou com a presença do presidente Lula, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além de lideranças e parlamentares.
A reativação do setor faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro e representa um marco na recuperação do hospital, que agora opera com 423 leitos, além de novos equipamentos e profissionais.
A nova emergência tem capacidade para atender até 700 pessoas por mês, com equipes médicas completas e infraestrutura renovada. Além disso, o Centro de Diagnóstico por Imagem foi modernizado, passando a oferecer exames de ultrassonografia e um novo aparelho de raio-X de alta precisão.
Durante a cerimônia de reabertura, o presidente Lula destacou a importância da reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro e reforçou o compromisso do governo com a saúde pública. Para ele, a recuperação do Hospital Federal de Bonsucesso simboliza o respeito que a população merece.
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“O dia de hoje deve ser transformado no dia da recuperação da decência que o povo do Rio sempre mereceu. Esse hospital estava abandonado e muita gente não queria que fizéssemos essa intervenção. Mas eu digo alto e bom som: ninguém é dono do hospital. O hospital pertence ao povo e tem que oferecer atendimento digno e de qualidade,” afirmou Lula.
O presidente também anunciou que a unidade receberá novos equipamentos de imagem, como tomografia e ressonância magnética, garantindo que a população tenha acesso a exames de ponta sem precisar recorrer à rede privada.
“O povo pobre tem direito a fazer tomografia, ressonância magnética, como eu, o Eduardo e a Nísia temos. O hospital precisa oferecer esse serviço, porque a saúde é um direito de todos,” completou.
Além disso, Lula reforçou que a reestruturação dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro será um motivo de orgulho para os cariocas e para todo o Brasil. Ele criticou a falta de investimentos anteriores e defendeu que a gestão das unidades seja feita por profissionais da saúde, sem interferências políticas.
“Quem tem que mandar nos hospitais são os especialistas da saúde. Aqui não é comitê eleitoral de ninguém. As pessoas vêm para ser atendidas com respeito,” enfatizou.
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Desde outubro de 2024, o governo Lula tem investido na recuperação do Hospital Federal de Bonsucesso. Ao todo, serão destinados R$ 263,7 milhões para modernizar a unidade, sendo R$ 45,5 milhões em 2024 e mais R$ 218,29 milhões previstos para 2025.
Entre as melhorias já implementadas, destaca-se a reabertura de 218 leitos que estavam fechados, além da ampliação de serviços especializados.
O hospital, que é gerenciado pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), empresa pública 100% SUS, também aumentou significativamente sua capacidade de atendimento.
A previsão é que o número de internações mensais passe de 700 para 1,4 mil, o de cirurgias dobre de 400 para 800 e as consultas ambulatoriais subam de 12 mil para 20 mil.
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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também destacou o impacto da reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso e a importância do investimento na saúde pública. Para ela, a unidade renasce como um hospital de excelência, totalmente integrado ao SUS.
“Esse hospital, que foi destruído por um incêndio em 2020, estava abandonado. Hoje, ele volta a funcionar plenamente, com qualidade e dignidade para a população,” disse a ministra.
Nísia relembrou a importância histórica da unidade, que foi inaugurada em 1948 para atender trabalhadores portuários e, desde então, se tornou um dos principais centros de atendimento do SUS no estado. Além disso, ressaltou que os hospitais federais do Rio passaram por anos de descaso e sucateamento, especialmente durante a pandemia de Covid-19.
“Esse hospital foi um dos símbolos da precarização da saúde pública nos últimos anos. Hoje, estamos reconstruindo não apenas a estrutura física, mas também a confiança da população no SUS,” afirmou.
A ministra também agradeceu aos profissionais do hospital, que continuaram atendendo a população mesmo diante das dificuldades. Segundo ela, cerca de 700 servidores aceitaram continuar na unidade após a reestruturação, demonstrando confiança na nova gestão.
Da Redação, com informações do Ministério da Saúde