Diversos setores da esquerda brasileira decidiram abandonar a luta política, para levar adiante uma campanha de prisões a todos aqueles que supostamente são inimigos dos oprimidos de nosso país.

 O caso do racismo, deixa essa tendência ainda mais clara, uma vez que é comum esses setores, se basearem na lei do racismo, para pedir a prisão de qualquer pessoa que possa ter cometido uma injúria racial ou até mesmo ter se utilizado de alguma expressão que os identitários resolveram considerar como racista.

 Algo que essa esquerda não leva em consideração, são as pessoas que já se encontram encarceradas e sofrem diretamente com um sistema judiciário que não está interessado em proteger qualquer grupo oprimido.

 O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) em uma recente publicação, revelou o perfil dos brasileiros que se encontram privados de liberdade, cumprindo pena nas diversas instituições prisionais espalhadas pelo país, além das delegacias e prisões domiciliares.

 De acordo com o levantamento do ministério, com base principalmente nos dados do Sistema Nacional de Informações Penais (Sisdepen), em 2023, o número de presos chegava a 850 mil pessoas. 

 Dentre essa população carcerária está uma maioria de negros, de baixa escolaridade e condenados por crimes leves como furtos, roubos ou tráfico de drogas.

 Algo que se destaca também é o fato de que uma entre quatro pessoas encarceradas, não foram sequer julgadas pelos crimes que são acusadas.

 O Brasil é o terceiro país que mais prende pessoas no mundo, perdendo apenas para a China, em segundo lugar, e para o primeiro colocado, os Estados Unidos, que possui 1,8 milhão de presos.

 A maioria dos encarcerados no Brasil são homens (94,5%), três em cada cinco têm entre 18 e 34 anos, e praticamente a metade deles (54,8%) não completaram o Ensino Fundamental. 

 As mulheres respondem em sua maioria por crimes relacionados ao tráfico de drogas (52,5%).  

 Considerando o total de presos no Brasil, os negros representam 70%. Os crimes contra o patrimônio são responsáveis por 39,9% das condenações. Já furtos, roubos e atividades relacionadas ao tráfico, configuram 28,6%. 

 Em 23 anos o número de encarceramentos no Brasil subiu 265,3%. Os dados apontam também que 32,3% das instituições são consideradas com condições ruins ou péssimas, de acordo com as próprias inspeções penais.

 Levando em consideração o perfil dos presos no país, não sendo necessário nem sequer ser julgado e condenado para estar preso, fica claro que não faz parte da política do judiciário a proteção de qualquer grupo oprimido, principalmente quando se trata do povo negro.

 

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Last Update: 06/02/2025