O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a inflação acumulada em 12 meses deverá romper o teto da meta, de 4,5%, no mês de junho, em linha com o que o Banco Central sinalizou na ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom). Haddad falou sobre o tema em entrevista à jornalista Miriam Leitão, veiculada pela GloboNews na noite da quarta-feira, 5.

Caso o estouro se confirme, o ministro disse esperar que o Banco Central encaminhe uma carta ao Conselho Monetário Nacional (CMN) com uma proposta para a convergência da inflação à meta, já que a política monetária age com “delay” e o efeito dos juros altos não devem se materializar integralmente agora. O ministro acrescentou, que, em junho, o horizonte relevante para a atuação do Banco Central será diferente do atual.

Haddad voltou a dizer que respeita a autonomia do Banco Central para conduzir a política monetária e o trabalho dos técnicos da autarquia. Quando a inflação desancora, o Banco Central tem mesmo de agir, segundo o ministro. “Mas tem que ser muito calibrado para que o remédio não seja nem aquém, nem além da necessidade de garantir aquela [meta de] inflação, até porque, se for além, você vai ter problemas fiscais pelo lado da receita, pelo lado da atividade econômica, pelo investimento”, afirmou.

Fonte: Folha de SP

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Last Update: 06/02/2025