Uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira 6 mira um esquema de fraudes que podem ter causado prejuízos de 23 milhões de reais aos cofres públicos, dinheiro destinado a benefícios assistenciais oferecidos a pessoas idosas.

Segundo a PF, a quadrilha recrutava “idosos de aluguel” para emitir documentos falsos e obter empréstimos consignados de forma indevida. As fotos e impressões digitais dessas pessoas eram usadas para criação de documentos de pessoas fictícias. Na primeira fase da operação, em janeiro passado, cinco pessoas foram presas.

As investigações apontam que pelo menos 21 idosos participaram do esquema, com os dados de alguns deles sendo usados para a criação de mais de 30 identidades distintas. No total, foram identificados mais de 280 CPFs e títulos eleitorais criados com os dados fraudados.

Com os documentos, a quadrilha conseguia, por exemplo, abrir contas bancárias, ingressar no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e ter acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O grupo, segundo a PF, tinha uma estrutura com diferentes níveis de envolvimento e atuação.

Na operação desta quinta, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo, em Goiás e no Piauí, com cancelamento de documentos, bloqueio de contas bancárias e suspensão de benefícios irregulares.

Mesmo com as prisões realizadas em janeiro de 2024, o grupo seguiu atuando. A PF aponta que houve saques de benefícios irregulares de lá pra cá. Pelo menos 16 pessoas são alvo desta nova etapa da operação.

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Last Update: 06/02/2025