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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, participou de um almoço nesta quarta-feira (5) que contou com a presença do deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho e de Marco Aurélio Mello, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), três nomes muito ligados ao bolsonarismo. Com informações da Folha de S.Paulo.
O almoço aconteceu no escritório do advogado e ex-senador Demóstenes Torres, em Brasília.
Torres disse que o grupo conversou apenas sobre “trivialidades, coisas da vida”. “Pode ficar tranquilo que não houve qualquer conspiração”, disse o ex-parlamentar, em tom de brincadeira.
O motivo do encontro foi uma visita do professor de direito Ibsen Noronha, da Universidade de Coimbra, ao Brasil. “A conversa foi sobre amenidades. Homenagem a um ex-aluno da UnB [Universidade de Brasília], Ibsen Noronha, que nos honra como Professor, com letra maiúscula, na Universidade de Coimbra. Amigos se revendo e confraternizando”, afirmou Marco Aurélio Mello.
A confraternização ocorreu em meio à expectativa de que Gonet apresente ainda neste mês uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista.
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O ministro Ives Gandra Martins Filho é filho do jurista Ives Gandra, que respondeu a um questionário sobre a “garantia dos poderes constitucionais” encontrado pela Polícia Federal (PF) no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Comandante do Exército em 2022, o general Freire Gomes revelou em depoimento à PF que Bolsonaro se embasava em interpretações do jurista sobre o artigo 142 da Constituição, segundo o qual as Forças Armadas poderiam agir como um Poder Moderador caso um dos três Poderes invadisse a competência do outro. A tese foi rejeitada pelo STF em 2024.
Segundo Martins Filho, as denúncias que serão apresentadas por Gonet não foram mencionadas no almoço e a conversa “não teve nada de política”.