O plano do presidente norte-americano Donald Trump em enviar até 30 mil migrantes ilegais para a prisão de Guantánamo é diferente de tudo que já foi feito, ao mesmo tempo em que apresenta ecos do passado e está quase certamente fadado ao fracasso.

“É uma miragem, mas também é insano”, disse Harold Hongju Koh, professor de direito da Universidade de Yale e ex-alto funcionário do Departamento de Estado em entrevista ao site Politico.

O acadêmico explica que Guantánamo tem sido usada para manter pessoas que estão a caminho dos Estados Unidos, nunca tendo sido usada para enviar pessoas que estiveram nos EUA em algum momento, principalmente aquelas que estiveram legais em algum momento.

Koh explica ainda que esse envio foi punitivo, uma vez que o que foi repetidamente descoberto é que as pessoas pensam em Guantánamo como solução, e acaba sendo uma solução falsa “porque não há estratégia de saída”.

Sobre o envio de pessoas, o acadêmico diz ter pensado que a medida seria ilusória por não considerar que isso será adotado conforme a quantidade de recursos necessários para enviar 30 mil pessoas a Guantánamo.

“Eles vão querer usar esses recursos na fronteira. É francamente insano dedicar esse tipo de esforço para criar um campo de prisioneiros offshore”, destacou.

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Last Update: 05/02/2025