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Na última semana, a Globo anunciou a demissão do jornalista Rodrigo Bocardi, ex-apresentador do “Bom Dia São Paulo”, após uma investigação interna conduzida pelo Comitê de Auditoria e Compliance e pela Comissão de Ética e Conduta da emissora.
A decisão, tomada por justa causa, aconteceu após uma denúncia grave que acusava o apresentador de cobrar de empresas de ônibus, coleta de lixo e obras públicas para não criticá-las em seus programas. Ele nega as acusações e se prepara para processar a Globo.
Segundo o Notícias da TV, a denúncia que resultou na demissão de Bocardi envolve um segundo jornalista, dono de uma agência de relações públicas que atua como gestor de crises para partidos políticos e empresas que prestam serviços a governos.
Esse profissional, que não teve o nome divulgado por falta de provas, seria o operador de um esquema que cobraria valores milionários de empresários para evitar que suas empresas fossem alvo de críticas no *Bom Dia São Paulo*.
Bocardi, que também é dono de três empresas de comunicação institucional e media training, afirma que a Globo estava ciente de suas atividades paralelas e as tolerava.
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Em conversas reservadas, o jornalista reagiu com indignação às acusações, argumentando que sempre foi um dos apresentadores mais críticos da emissora, sem poupar autoridades ou concessionárias públicas. Ele também destacou que não tinha controle final sobre o conteúdo que ia ao ar, trabalhando muitas vezes de forma improvisada.
A Globo parece ter encontrado evidências suficientes para justificar a demissão por justa causa, uma medida rara e drástica, especialmente para um profissional com 25 anos de casa. A emissora emitiu um comunicado afirmando que Bocardi foi desligado por “descumprir normas éticas do Jornalismo”. Caso o processo judicial seja aberto, a Globo terá que apresentar as provas que embasaram sua decisão.
Demissões por justa causa são incomuns na Globo. Em 2019, o repórter Mauro Naves foi desligado após um caso envolvendo o jogador Neymar, mas recebeu todos os direitos trabalhistas.
Já Dony de Nuccio, demitido no mesmo ano por prestar serviços a empresas privadas, também teve seus direitos garantidos e recebeu uma mensagem de despedida do então diretor-geral de Jornalismo, Ali Kamel. Bocardi, porém, não terá os mesmos benefícios, já que demissões por justa causa não incluem multa de 40% sobre o FGTS, aviso prévio ou proporcionais de férias e 13º salário.
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