A atriz Karla Sofía Gascón, protagonista do filme Emilia Pérez, enfrenta uma nova adversidade em sua campanha rumo ao Oscar 2025. Após ser removida de materiais promocionais do longa, a Netflix teria interrompido o contato direto com a artista e deixado de financiar suas despesas de viagem durante a temporada de premiação.
De acordo com a Variety, a decisão da Netflix, uma das produtoras de Emilia Pérez, está relacionada a postagens antigas da atriz com conteúdo considerado preconceituoso. A publicação ressalta que a espanhola estava confirmada em diversos eventos de grande relevância, como o Critics Choice Awards, mas agora sua presença não é mais esperada.
Uma fonte revelou à revista que tanto a Netflix quanto a empresa de relações públicas que representa Zoe Saldaña, colega de elenco de Gascón, cessaram a comunicação direta com a atriz espanhola. Agora, todos os contatos passam a ser mediados por Jeremy Barber, representante da United Talent Agency.
Além disso, a Netflix decidiu suspender o financiamento de despesas com vestuário e viagens para eventos da temporada de premiação.
nossa gente essa karla sofia é tão querida ela não excluiu ninguém né, ela difama latino, banaliza o holocausto, é racista, é xenofóbica tô chocado pic.twitter.com/iMiDy49LFa
— vitor (@snsrings) January 30, 2025
Postagens antigas geram polêmica nas redes sociais
Na última quinta-feira (30), uma série de postagens antigas de Karla Sofía Gascón no X/Twitter ressurgiu, gerando ampla repercussão. Entre os conteúdos, publicados entre 2020 e 2021, há críticas sobre a crescente presença de árabes na Espanha e questões relacionadas à representatividade no Oscar.
Em uma das postagens, datada de 22 de novembro de 2020, Gascón escreveu: “Sinto muito, é só impressão minha ou há mais muçulmanos na Espanha? Toda vez que vou buscar minha filha na escola, vejo mais mulheres com os cabelos cobertos e saias até os calcanhares. No ano que vem, em vez de inglês, teremos que ensinar árabe.”
A atriz também fez críticas severas ao islamismo, afirmando que a religião é “profundamente repugnante” e não respeita os direitos humanos. Em 29 de janeiro de 2021, escreveu: “O islamismo não cumpre os direitos internacionais. Religiões deveriam ser proibidas enquanto não respeitarem os Direitos Humanos.”
Gascón também criticou outras crenças, como o cristianismo e o catolicismo. “Estou tão farta de tanta besteira, do islamismo, do cristianismo, do catolicismo e de todas as crenças de idiotas que violam os direitos humanos.”, escreveu.
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