Xi Jinping, Presidente da República Popular da China – Foto: Reprodução

As novas tarifas de 10% impostas por Donald Trump sobre produtos chineses entraram em vigor nos EUA. Em resposta, o governo de Xi Jinping adotou uma retaliação estratégica, focando em setores específicos como petróleo e gás natural liquefeito, além de impor restrições às exportações de metais como o tungstênio.

Além das tarifas, a China abriu uma investigação contra o Google por supostas violações das leis antimonopólio. O governo chinês também incluiu na lista de empresas não confiáveis duas companhias americanas: PVH, dona de Calvin Klein e Tommy Hilfiger, e Illumina, especializada em sequenciamento genético.

Para especialistas, a China optou por uma abordagem cautelosa ao invés de uma retaliação agressiva. O país busca manter sua participação no mercado americano e evitar um aumento das tensões comerciais, ao contrário do que ocorreu na primeira guerra comercial durante o governo Trump, segundo o Globo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Shealah Craighead/White House

Histórico de ‘tarifaços’

No primeiro mandato de Trump, os EUA impuseram tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. Naquele momento, Pequim respondeu com medidas equivalentes. Agora, no entanto, a estratégia chinesa é mais contida, analisando cuidadosamente os impactos econômicos de suas ações.

“A China reagiu de maneira calculada e pragmática. Embora a retaliação fosse esperada, o governo chinês tomou cuidado para não agravar a situação”, afirma Larissa Wachholz, especialista em relações internacionais do Cebri. Segundo ela, a dependência do comércio global influencia a resposta chinesa.

Brechas

Outro fator relevante é a tentativa de Pequim de explorar brechas na estratégia americana. Marcos Jank, do Insper, aponta que os chineses estão observando como Trump lida com aliados como México e Canadá.

Se os EUA enfraquecerem parcerias estratégicas, a China pode se aproximar desses países para reforçar sua posição no comércio global.

Evandro Menezes de Carvalho, professor da FGV, descreve a estratégia chinesa como uma “acupuntura diplomática”, focando em pontos de pressão nos EUA sem escalar o conflito. “A China sabe onde pressionar para forçar uma negociação”, explica.

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Last Update: 05/02/2025