A banda de rock Picanha de Chernobill foi reprimida na avenida Paulista neste domingo (2), durante o período em que a via é fechada para veículos e recebe atividades culturais. O guitarrista Chico Rigo, denunciou que essa foi a segunda vez que o grupo foi proibido de tocar em um espaço público, sem receber explicações claras sobre o motivo da proibição.
A subprefeitura da Sé justificou que apenas apresentações de artistas de rua sem estruturas de palco ou coberturas são permitidas, enquanto shows com palco, geradores e amplificadores são considerados eventos e exigem licença.
Mas isso é uma farsa visto que a banda segue a legislação vigente para artistas de rua, que não proíbe o uso de amplificadores. Rigo destacou que há 11 anos o grupo respeita as regras municipais e que a restrição inédita afetou não apenas a Picanha de Chernobill, mas outros artistas de rua.
A banda, formada por Rigo, Matheus do Canto (vocal e contrabaixo) e Fernando Salsa (bateria), já realizou mais de mil apresentações gratuitas na cidade de São Paulo e se apresentou em festivais maiores como Rock in Rio.
Já a Banda Crazyland denunciou a repressão de Nunes em seu Instagram:
“Estamos perplexos e muito tristes com a decisão da prefeitura de São Paulo de proibir que artistas de rua não possam mais se apresentar na avenida Paulista durante os horários estabelecidos.
Com a portaria nenhum artista pode mais fazer apresentações com instrumentos amplificados, seja de música, dança, apresentações teatrais ou qualquer manifestação artística que envolva equipamento de som…
Isso é um golpe duro e um retrocesso para todo o setor artístico, cultural e para a economia da cidade e divertimento das pessoas…
Criamos uma petição para mostrar ao prefeito e toda junta administrativa que milhares de pessoas não estão de acordo com tal decisão, nos ajude assinando a petição abaixo.
Sabendo disso, faremos uma manifestação pacífica, com muito amor pela cultura da arte de rua na cidade, venha pra AVENIDA PAULISTA NA FRENTE DO PRÉDIO DA GAZETA NO PRÓXIMO DOMINGO DIA 09/02 A PARTIR DAS 11:00 PARA UM VIOLAÇO e para manifestar o seu apoio.
Esse movimento independe do gênero artístico e cultural, se você é a favor da arte nas ruas, venha se juntar conosco”.