Desde o início de 2025, Mato Grosso do Sul registrou ao menos 15 mortes por “intervenção policial”, o que representa uma média de uma morte a cada dois dias. De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), até o dia 30 de janeiro, 10 pessoas haviam morrido em confrontos com a polícia.
Contudo, a pesquisa do Correio do Estado revelou que os dados oficiais não incluem as mortes de Donizete Mário do Santos e Leonardo Diego Fagundes Lourenço, falecidos no último dia 31. Donizete foi assassinada após reagir a um mandado de prisão em Dourados, enquanto Leonardo foi assassinado ao tentar atacar os policiais com uma faca em Campo Grande, durante a Operação Dual.
Além disso, três outros assassinatos ocorreram no dia 2 de fevereiro, quando dois homens e uma mulher tentaram roubar um comércio de joias no centro de Campo Grande. Ou seja, os policiais reagem à qualquer tipo de crime assassinando as pessoas, um regime totalmente fascista.
Desde primeiro de janeiro do ano passado, quando Eduardo Riedel (PSDB) assumiu o Governo do Estado, até o fim de 2024, 217 pessoas foram assassinadas no estado em decorrência da chamada “intervenção policial”. O número supera as 200 mortes provocadas por policiais ao longo dos quatro anos da gestão anterior, do também tucano Reinaldo Azambuja. Nenhum policial foi morto. Não existe registro nem mesmo de ferimento. Disparos ou danos contra viaturas foram menos de meia dúzia.