O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se encontrou com o presidente norte-americano Donald Trump nos Estados Unidos nesta terça-feira (4) para falar sobre o conflito e cessar-fogo com o Hamas, além da libertação de reféns israelenses.
Durante o encontro, Trump reafirmou seu interesse em retirar os palestinos da Faixa de Gaza, alegando que eles “não têm alternativa” a não ser deixar Gaza “permanentemente” devido à devastação deixada pela guerra de Israel contra o Hamas.
Para o presidente norte-americano, o território virou um local de pura demolição. Consequentemente, os palestinos adorariam deixar a área. “Não sei como eles poderiam querer ficar”, afirmou Trump.
O presidente norte-americano também sugeriu alternativas. “Acho que precisamos de outro local. Acho que deveria ser um local que deixaria as pessoas felizes.”
Uma possibilidade que está fora do escopo de Trump é o apoio na criação do Estado palestino independente como parte da solução, como defendia em 2020. “Muitos planos mudam com o tempo”, disse. “Agora estamos diante de uma situação diferente… uma situação muito complexa e difícil.”
Repercussão
Esta foi a primeira vez que o presidente apresentou publicamente sua posição a respeito da limpeza étnica na Faixa de Gaza. Na última semana, o Trump entrou em contato com o rei Abdullah da Jordânia e com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, para que recebam os palestinos.
Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Jordânia e Catar, em reunião com a Autoridade Palestina e a Liga Árabe no último sábado (1°), refutaram a proposta de Trump.
Já Sami Abu Zuhri, oficial do Hamas, rechaçou a proposta de Trump e comentou que tal comentário é uma “uma receita para criar caos e tensão na região do Médio Oriente”.
O oficial afirmou ainda que os palestinos não permitirão que tal plano seja aprovado, pois o “necessário é o fim da ocupação e da agressão contra o povo, e não a sua expulsão das suas terras”.
*Com informações do The Guardian.
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