Disque 180: central de apoio à mulher realiza mais de 2 mil atendimentos ao dia em 2024

Depois de quatro anos de abandono pelo governo anterior, o fortalecimento e a expansão da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 são a prova do comprometimento do governo Lula com a proteção e empoderamento das mulheres ao assegurar o suporte necessário para viverem sem violência.

A Central foi totalmente reestruturada e assim, em 2024, foram realizados mais de dois mil atendimentos telefônicos por dia e total de 691.444 ligações, um aumento de 21,6% se comparado com 2023.

Já o atendimento pelo WhatsApp, lançado em abril de 2023, apresentou um salto de 63,4%, passando de 6.689, média de 743 acionamentos por mês, para 14.572 em 2024, o que significa 1.214 atendimentos por mês. A inovação ampliou significativamente o alcance do programa, oferecendo um canal acessível e rápido para mulheres buscarem suporte.

No total, foram realizados 750.687 atendimentos em 2024, média de 2.051 por dia, somando os acionamentos via telefone, WhatsApp, e-mail e outros tipos de canais.

Mais um erro do governo Bolsonaro

O governo anterior unificou o Disque 100, voltado para denúncias de direitos humanos de múltiplos segmentos do país, com o Ligue 180. “Para o atual governo Lula (PT), a medida foi um erro por misturar diferentes públicos e situações. Agora, o Ligue 180 é independente da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e atende apenas situações de violência contra mulheres”, publicou a Folha de São Paulo.

Principal serviço federal público e gratuito

A reestruturação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 se deu com a retomada do Programa Mulher Viver Sem Violência, com a emissão do Decreto nº 11.431/2023. Sob coordenação do Ministério das Mulheres, a Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência é o principal serviço público e gratuito oferecido pelo governo federal, que orienta sobre os direitos das mulheres. Além de receber denúncias, oferece informação e auxílio a vítimas.

A Rede analisa e encaminha denúncias aos órgãos competentes e tem funcionamento 24 horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados. Pelo WhatsApp o número é (61) 9610-0180 e pelo e-mail [email protected]

“Temos investido na capacitação das profissionais que realizam o atendimento e o acolhimento das mulheres, tanto para a informação sobre direitos e serviços da rede, como para o correto tratamento e encaminhando das denúncias aos órgãos competentes, aumentando a confiança no canal”, afirmou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, em matéria da Agência Gov.

O aumento expressivo no número de atendimentos é uma mostra da crescente confiança das mulheres no Ligue 180, incrementado com a intensificação da divulgação por meio de campanhas, como a mobilização nacional Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada, que foi lançada em agosto de 2024.

Mulheres negras

Durante o ano de 2024, houve também um crescimento de 15,2% no número de denúncias feitas à Central Ligue 180, que passou de 114.626 denúncias em 2023 para 132.084 em 2024. Desse total, 83.612 foram realizadas pela própria vítima, 48.316 f oram realizadas por terceiros e 156, pelo agressor, conforme publicado pela Agencia Gov.

A grande maioria das mulheres que procuraram o serviço em 2024 se declaram negras (52,8%) das denúncias de 2024, sendo 53.431 casos de agressões contra pardas e 16.373 contra mulheres pretas. Mulheres que se declararam brancas 48.747 fizeram denúncias, seguidas por amarelas (779) e indígenas (620).

As faixas etárias mais atingidas foram de mulheres entre 40 e 44 anos (18.583 denúncias), de 35 a 39 anos (17.572 denúncias) e entre 30 a 34 anos (17.382 denúncias).

Em entrevista à Folha de São Paulo, a ministra Cida Gonçalves declarou que um dos grandes desafios é que a vítima tenha acesso à informação. “Muitas vezes, ela não deixa o agressor porque acha que vai perder a casa, a guarda dos filhos. Então, elas podem ligar para receber esse tipo de informação”, observou.

Da Redação, com Agência Gov Folha de S. Paulo

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