A bispa Keila Ferreira morreu no sábado (1º), após sofrer um “mal súbito” por volta das 12h. Apesar dos esforços médicos, seu falecimento foi confirmado no final da tarde. Ela era esposa do bispo Samuel Ferreira, líder da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Brás, ligada ao Ministério de Madureira, em São Paulo.
Keila Ferreira teve um papel de destaque na comunidade evangélica, sendo presidente da Confederação de Irmãs Beneficentes Evangélicas Mundial (CIBEM), do Congresso Feminino de Oração e Ação do Estado de São Paulo (CORAFESP) e do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Assistência Social (IDEAS). Além disso, era bacharel em Direito e autora do livro “Melhor do que ganhar joias”.
Ela deixa dois filhos, ambos metidos no neopentecostalismo: o pastor Manoel Ferreira Neto, presidente da Assembleia de Deus em Campinas/SP, e a evangelista Marinna Ferreira, líder da Frente Jovem do CORAFESP. Ela também era avó de Samuel Cássio Ferreira Netto e Manoel Ferreira Júnior.
O bispo Samuel Ferreira, viúvo de Keila, esteve envolvido em episódios polêmicos relacionados à política. Em 2022, durante um culto na Assembleia de Deus do Brás, que fazia parte da campanha de Jair Bolsonaro (PL), ele restringiu o acesso da imprensa ao evento e ameaçou processar jornalistas que registrassem imagens sem autorização.
Na ocasião, Bolsonaro discursou para fiéis ao lado de Michelle, dos então recém-eleitos senadores Damares Alves (Republicanos) e Marcos Pontes (PL), além do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e do candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Durante o culto, seguranças pediram que os fiéis desligassem os celulares, e uma fotojornalista da agência Reuters foi expulsa. Uma equipe da TV Globo também foi hostilizada e precisou sair escoltada por seguranças.
No mesmo evento, Bolsonaro recordou seu batismo picareta no rio Jordão e fez ataques ao ex-presidente Lula (PT), reafirmando seu discurso eleitoral.