Richard Grenell é recebido por Nicolás Maduro durante visita à Venezuela. Foto: Patricia Villegas

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, afirmou na última sexta-feira (31) que houve um “novo começo nas relações” entre seu país e os Estados Unidos, após uma reunião com o enviado especial do novo governo de Donald Trump, Richard Grenell. O encontro resultou na libertação de seis cidadãos estadunidenses que estavam presos no país sob acusações de conspiração. A soltura foi celebrada pelo presidente republicano, que classificou os homens como “reféns”.

A visita de Grenell a Caracas marca a primeira viagem oficial da administração Trump às Américas, um gesto de grande simbolismo político. O enviado dos EUA se reuniu com Maduro e outros líderes do regime para discutir uma “agenda zero”, proposta pelo governo venezuelano para reconstruir o diálogo entre os dois países.

Horas após o encontro, Grenell publicou em suas redes sociais uma foto ao lado dos seis estadunidenses libertados, com a legenda: “Estamos voltando para casa com esses cidadãos americanos”.

Richard Grenell e os seis estadunidenses que estavam presos na Venezuela. Foto: reprodução

O governo dos EUA não divulgou os nomes dos homens nem detalhes sobre as acusações que pesavam contra eles. Anteriormente, a gestão Maduro havia alegado que capturou mercenários dos Estados Unidos envolvidos em supostas tentativas de desestabilizar o governo.

As relações entre Washington e Caracas estavam tensas desde as eleições presidenciais de julho de 2023, quando Maduro foi declarado vencedor em meio a denúncias de fraude. Apesar de reconhecer o opositor Edmundo González como presidente eleito da Venezuela, a Casa Branca mantém contato com o sucessor de Hugo Chávez por questões estratégicas.

Um dos principais interesses dos EUA é selar um acordo com a Venezuela para facilitar a deportação de imigrantes venezuelanos em situação irregular. Atualmente, não há um tratado bilateral que permita essa prática. Além disso, os Estados Unidos dependem da cooperação do país sul-americano para intensificar os controles contra o tráfico de drogas que chega ao país.

Maduro classificou o encontro com Grenell como “muito positivo” e expressou esperança de que o diálogo possa continuar. “Demos um primeiro passo, e esperamos que possa ser mantido”, disse o ditador.

Apesar do aparente avanço nas relações, Trump já havia sinalizado que os EUA poderiam reduzir a compra de petróleo venezuelano. Além disso, congressistas republicanos pressionam pelo cancelamento de licenças que permitem a empresas estrangeiras, como a americana Chevron, operar no país.

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Last Update: 01/02/2025