O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à Rádio Bandeirantes. Foto: reprodução

Desesperado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiás na sexta-feira (31), a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Ele afirmou que a decisão faz parte de uma estratégia para atingi-lo politicamente.

Na quinta-feira (30), o TRE-SP cassou o diploma de Zambelli por 5 votos a 2, tornando-a inelegível por oito anos a partir das eleições de 2022. A decisão foi baseada na prática de desinformação e abuso de poder político durante a campanha eleitoral.

A ação foi movida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e os efeitos da cassação só valerão após o esgotamento dos recursos.

Bolsonaro relacionou a decisão a uma suposta jurisprudência criada para prejudicá-lo. “O TRE de São Paulo aprendeu com o TSE. Abriu-se essa jurisprudência para poder vir para cima de mim”, disse.

Ele citou o caso do ex-deputado Fernando Francischini (PR), cassado em 2018 por divulgar notícias falsas sobre o sistema eleitoral. “Onde começa tudo isso? Como o senhor Alexandre de Moraes queria criar uma jurisprudência, lá atrás, para vir para cima de mim, porque sabia que eu era crítico do sistema eletrônico”, afirmou.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também manifestou apoio a Zambelli nas redes sociais, publicando uma foto com a deputada e uma mensagem de solidariedade: “Carlinha, receba meu abraço de solidariedade. Que Deus te proteja e te conceda a verdadeira paz, que excede todo entendimento”.

Na entrevista, Bolsonaro também comentou a disputa pela presidência do Senado, marcada para este sábado (1º). Ele criticou o senador Marcos Pontes (PL-SP), que concorre ao cargo, e reafirmou o apoio do partido a Davi Alcolumbre (União Brasil).

“Nós, agora, resolvemos apoiar quem já ganhou, que é o Davi Alcolumbre. É o meu candidato dos sonhos? Não. O meu candidato dos sonhos é o Rogério Marinho [PL-RN], não é o astronauta Marcos Pontes”, declarou.

O ex-presidente justificou a decisão ao afirmar que o apoio a Alcolumbre garantirá ao PL cargos estratégicos, como a vice-presidência do Senado, duas comissões e a relatoria do Orçamento. “Se a gente resolver apoiar o Marcos Pontes, a gente fica sem nada”, disse.

Durante a entrevista, Bolsonaro foi questionado sobre seus hábitos de leitura. Ele admitiu não ler livros atualmente, alegando falta de tempo. “Não, livro, não leio mais. Não dá. Não tenho tempo. Sou sincero. Eu tenho rede de zap, informações”, afirmou.

O ex-presidente mostrou cadernos que, segundo ele, contêm relatórios do Congresso dos Estados Unidos sobre a Covid-19 e a vacina. “Com todo respeito, hoje em dia, há algum tempo, não posso trocar isso aqui por um livro de romance.”

Quando perguntado sobre filmes, Bolsonaro respondeu: “Não dá. Não, só vejo futebol”.

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Last Update: 01/02/2025