O presidente Lula recebeu no Palácio do Planalto, na quinta-feira (29), representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A comitiva fez reivindicações ao presidente referentes a uma pauta apresentada em agosto de 2024 com a finalidade de propor avanços na reforma agrária.

Pelo governo estavam presentes o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), César Aldrighi, e o diretor-Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

Pelas redes sociais, o MST colocou que seus representantes destacaram para Lula e os demais presentes “questões estruturantes como o assentamento das famílias acampadas, o desenvolvimento dos assentamentos e o fortalecimento das políticas voltadas para a produção de alimentos saudáveis”, como também sobre a importância “de investir na educação nos territórios da Reforma Agrária.”

De acordo com o movimento, o governo se comprometeu em definir metas, prazos e orçamento para estas demandas.

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Em vídeo publicado pós-reunião, Ceres Hadich e João Paulo Rodrigues, membros da Coordenação Nacional do MST, falaram sobre o encontro.

Conforme colocou Hadich, é preciso manter a centralidade na luta pela terra, pelo desenvolvimento dos assentamentos e na luta pelo desenvolvimento integral da reforma agrária, em especial no tema da educação para a reforma agrária, o PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária).

“Para isso é fundamental que a gente esteja tão animado como o presidente [Lula] nos disse que está. É para continuarmos a mobilização, organizando nosso calendário de luta, organizando nosso povo, porque, efetivamente, as nossas conquistas ao longo desse ano vão se dar no calor das lutas, no calor das ruas”, disse a coordenadora, ao completar que espera a visita de Lula em um dos assentamentos.

Nesse sentido, Rodrigues indicou que o presidente se comprometeu em fazer uma visita em algum assentamento no mês de fevereiro, assim como apresentar um conjunto de medidas (para desenvolvimento e crédito) e de desapropriações pendentes.

“Estamos insistindo com o presidente para que assente em 2025 as 65 mil famílias acampadas. Ele ficou de ver as alternativas necessárias para honrar isso”, afirmou.

“Estamos animados. O presidente se compromete com a reforma agrária e cabe a nós continuarmos a pressão política para que a gente possa avançar nessa pauta tão importante”, completou Rodrigues.

Por parte da coordenação nacional do MST ainda estiveram presentes Débora Nunes, Roberto Baggio, Gilmar Mauro e Jaime Amorim.

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Last Update: 31/01/2025