No dia 30 de janeiro de 2025, a Palestina viveu mais um momento histórico de celebração com a libertação de 110 reféns que, até a data, estavam presos nas infernais masmorras israelenses. Entre os libertos, estão 32 sentenciados à prisão perpétua, 48 com longas penas e 30 crianças e jovens. Esses prisioneiros foram soltos como parte do acordo de troca de prisioneiros entre a Resistência Palestina e a entidade sionista.

A celebração tomou conta das ruas, de Gaza a Jerusalém, com os palestinos recebendo seus heróis revolucionários com alegria e orgulho. A festa foi uma demonstração de força e unidade, apesar dos esforços constantes de repressão por parte das forças de ocupação israelenses, que tentaram sabotar a celebração e intimidação das famílias dos libertados. Desde o início da manhã, centenas de palestinos se reuniram em locais estratégicos, como Khan Younis, Jabalia e outras cidades e campos de refugiados, para receber os libertados, saudados como verdadeiros heróis.

Entre os libertados, destacam-se Mohammed Abu Warda, que cumpria 48 penas de prisão perpétua, e Zakaria Zubeidi, um dos seis heróis da fuga do túnel de Gilboa. Outros prisioneiros libertados incluem jovens que enfrentaram longas sentenças, crianças e até prisioneiros com origens além da Palestina, como o jordaniano Ammar Mardi Howeitat, que recusou ser deportado para a Jordânia, reafirmando a solidariedade árabe com a causa palestina.

Liderada por grupos como as Brigadas Izz al-Din al-Qassam (braço armado do Hamas), as Brigadas al-Quds (milícia do partido Jiade Islâmica) e outros, a luta encabeçada pela resistência foi fundamental para esse momento histórico. Em um comunicado, o principal partido da Revolução Palestina, o Hamas, destacou a importância da libertação: “a luta pela liberdade dos prisioneiros continuará até que todos sejam libertados e a terra e os locais sagrados sejam restaurados”.

A recepção dos prisioneiros libertados, como tudo na Palestina, demandou um enfrentamento com a repressão de “Israel”, com as forças de ocupação israelenses tentando impedir ou desmoralizar a celebração do povo palestino. Na noite anterior, durante a celebração de 200 prisioneiros libertados, a repressão foi truculenta, com ataques às casas de familiares dos prisioneiros e sequestro de 14 palestinos em Jerusalém. As forças israelenses invadiram as casas de várias famílias e os forçaram a comparecer a centros de detenção como o Al-Moskobiyeh, uma instalação de interrogatório e prisão notória por ser um pedaço do inferno em Jerusalém.

Além disso, “Israel” suspendeu abruptamente a libertação dos prisioneiros palestinos. A imprensa sionista relatou que a suspensão ocorreu após “protestos provocados pelas cenas da liberação dos reféns em Khan Younis”, sem maiores explicações. Os prisioneiros palestinos já estavam nos ônibus e a caminho de sair da prisão de Ofer quando foram inesperadamente obrigados a descer.

Segundo o sítio libanês Al Mayadeen, vários prisioneiros palestinos foram repetidamente agredidos e brutalmente espancados pelas forças de ocupação israelenses pouco antes de sua liberação. A Rádio do Exército israelense, citando um alto oficial, afirmou: “assim como eles atrasaram a liberação dos nossos reféns, nós também vamos atrasar a liberação dos prisioneiros palestinos”.

“Israel” já suspendeu a soltura de reféns palestinos sob vários pretextos, tática utilizada como arma psicológica para barganha nas negociações. Os reféns israelenses libertados retornaram todos em boa saúde e expressaram gestos de gratidão aos combatentes da Resistência durante a troca, gerando indignação no governo israelense. Mais tarde, o Escritório de Informação dos Prisioneiros anunciou que, após acompanhar o assunto com mediadores, a obstrução do lado israelense foi resolvida e o processo de liberação dos prisioneiros palestinos foi retomado.

A tática de intimidação se estendeu a uma tentativa de desacreditar o entusiasmo popular. Autoridades israelenses tentaram, por meio de contatos com as famílias de prisioneiros, semear confusão, afirmando falsamente que seus entes queridos não seriam libertados no acordo de troca.

Claramente, a intenção era desmoralizar as famílias e enfraquecer o apoio popular à luta pela liberdade. O povo palestino, no entanto, ignorou essas provocações e manteve sua determinação em celebrar a libertação dos heróis revolucionários.

A população de Gaza e da Cisjordânia se mobilizou para garantir a recepção dos prisioneiros e a celebração da mais importante vitória popular, culminando nas ruas dos territórios palestinos sendo tomadas por bandeiras do país árabe e cartazes que destacavam os heróis da Resistência.

A libertação de 110 prisioneiros não apenas resgatou companheiros do inferno prisional, mas reafirma o compromisso das forças da Resistência com a luta pela libertação. Este evento é parte de uma série de vitórias que começaram com a operação Dilúvio de Al-Aqsa.

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Last Update: 31/01/2025