Polícia persegue mulher por sofrer aborto espontâneo

A repressão ao aborto induzido é tão fascista que atinge até mesmo as mulheres que passam espontaneamente pelo processo. Um caso em Roraima levou a perseguição de uma mulher que nem mesmo sabia que estava grávida.

Em depoimento, a mulher afirmou que não sabia da gravidez e que começou a sentir dores na noite. Durante a madrugada, teve um intenso sangramento e foi ao banheiro, descartando o material sem entender exatamente o que era. No dia seguinte, tentou buscar atendimento médico na Venezuela, mas não realizou exames devido ao alto custo. Posteriormente, foi atendida em Boa Vista, onde recebeu a confirmação de que havia sofrido um aborto.

Exames periciais indicaram que a gravidez tinha entre três e quatro meses, mas não foi possível determinar se o aborto foi espontâneo ou provocado. O delegado fascista concluiu que a mulher tentou ocultar o feto e a placenta, justificando seu indiciamento por “ocultação de cadáver”. O inquérito foi concluído em dezembro e enviado ao Ministério Público de Roraima para análise.

A perseguição da mulher por deliberação do delegado mostra como a criminalização do aborto é uma política com o único motivo de reprimir as mulheres. A polícia concluiu sem evidências de que ela havia cometido um crime, uma ditadura. É preciso legalizar completamente o aborto no Brasil.

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