O desembargador Rafael Estrela, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), pediu vista na tarde desta quinta-feira 30 e adiou o julgamento que pode resultar na cassação do governador Cláudio Castro (PL). A análise do caso deve ser retomada na próxima terça-feira 4.
O Ministério Público Eleitoral pede a cassação do governador e do seu vice, Thiago Pampolha (PP), por supostos gastos ilícitos nas eleições de 2022. O MP acusa a chapa vencedora de não comprovar a destinação de cerca de 10 milhões de reais recebidos de fundos públicos e gastos na campanha à reeleição no governo fluminense.
No julgamento desta quinta, o órgão chegou a ler o relatório da ação, afirmando que os então candidatos “se beneficiaram dos gastos ilícitos de recursos públicos em prol de suas campanhas afim de lograrem êxito na reeleição ao governo do Estado nas eleições e 2022″.
As contas da campanha de Castro foram aprovadas com ressalvas pelo TRE-RJ em novembro de 2022. À época, a Corte determinou a devolução de 223,9 mil reais aos cofres públicos, por entender que houve inconsistências na declaração de serviços advocatícios e de gastos com material impresso pela campanha.
Por meio de nota, Castro disse já ter prestado “todos os esclarecimentos” e afirmou que “toda prova apresentada demonstrou que não houve qualquer ilegalidade”.