O Brasil terminou esta quarta-feira 29 com a segunda maior taxa real de juros no mundo, segundo um monitoramento da consultoria MoneYou. O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu por unanimidade levar a Selic de 12,25% para 13,25% ao ano.
Trata-se da quarta elevação consecutiva do índice, que ocorreu na primeira reunião do Copom sob o comando de Gabriel Galípolo, sucessor de Roberto Campos Neto.
Em primeiro lugar no ranking da taxa real, que desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses, está a Argentina, com 9,36%, ante 9,18% do Brasil.
Completam a lista dos dez primeiros Rússia (8,91%), México (5,52%), Indonésia (5,12%), Colômbia (5,01%), República Checa (3,30%), África do Sul (2,95%), Filipinas (2,57%) e Hong Kong (1,99%).
Se o Copom tivesse optado por um aumento de 0,5 ponto, o Brasil fecharia esta quarta na terceira colocação da lista, com uma taxa real de 8,82%, atrás de Argentina e Rússia.
Ao anunciar a decisão, o Copom afirmou que, a se concretizar o cenário esperado, promoverá um reajuste da mesma magnitude na próxima reunião, em 18 e 19 de março. A tendência é que o País chegue, portanto, a uma Selic de 14,25%, a maior em mais de oito anos.